Conhecimento tradicional das marisqueiras de Barra Grande, área de proteção ambiental do delta do Rio Parnaíba, Piauí, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ambiente & Sociedade (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2012000200006 |
Resumo: | Na comunidade de Barra Grande localizada no litoral do Piauí, as mulheres dos pescadores, conhecidas localmente como marisqueiras, extraem do manguezal vários tipos de moluscos para comercialização e em maior escala para a subsistência. Dados sobre a atividade de mariscagem, conceitos de conservação e aspectos socioeconômicos do contexto em que ocorre a atividade de cata dos moluscos, foram revelados após a aplicação de protocolos estruturados e semiestruturados. O molusco bivalve Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791), popularmente denominado de marisco, é caracterizado por ser um importante recurso para a subsistência, sendo o mais coletado pela comunidade, seguido da Mytella charruana (d'Orbigny, 1842), o sururu, explorado para a comercialização por ter o maior valor de mercado. O conhecimento das marisqueiras sobre A. brasiliana foi comparado com literatura especializada, muitas vezes mostrando-se em harmonia com esta. Demonstra-se assim que o conhecimento tradicional deve ser valorizado para delineamento de programas de gestão de recursos pesqueiros da região. Quanto aos modos de pensar, foi revelado que 82,81% das marisqueiras praticam manejo para a conservação da A. brasiliana ao coletar apenas os indivíduos de maior tamanho, e 80,86% consideram que não existe poluição nos pontos de coletas. O surgimento de uma Associação exclusiva e cooperativa para as marisqueiras é necessário para a valorização do trabalho por elas desenvolvido, visto que há uma média estimada de 351 kg de carne sendo extraídos mensalmente. |
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