Apresentação do Dossiê Música e Ensino de História
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista história hoje |
Texto Completo: | https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/352 |
Resumo: | No nosso cotidiano, a música é distração e lazer, signo e linguagem, contato e convívio, percepção e diálogo acerca do mundo e da vida social. Podemos analisar a relação do ser humano com a música em diferentes perspectivas: os aspectos subjetivos, vinculados às percepções daqueles que ouvem e interagem com a música; as relações sociais que a música estabelece e proporciona em festas, shows e cultos religiosos e outros lugares de sociabilidade; a utilização da música como divulgação de modelos de linguagem, de estética e de posicionamento político; a sua construção como veículo de representações sociais que (re)produzem símbolos, valores e práticas cotidianas – e têm também uma forte dimensão crítica a eles; entre outros. A historiografia tem demonstrado que seja qual for a perspectiva, a utilização da música como fonte para a pesquisa requer do historiador conhecimentos e sensibilidades específicos, como o ouvido atento para as melodias e os olhos abertos para as letras, a compreensão de que a sua audição e dos demais está intimamente relacionada com seus respectivos contextos históricos, bem como o domínio da gramática básica da linguagem musical e das especificidades de cada gênero.Ao professor de história cabe uma tarefa ainda mais complexa: utilizar a música como objeto de estudo e como fonte para a construção de capacidades voltadas à aprendizagem e à construção do conhecimento histórico pelos estudantes.Nas últimas décadas, inúmeras pesquisas têm-se dedicado a investigar essa relação entre a música – especialmente a música popular – e o campo do ensino de história. Em comum, o fato de buscarem compreender quais as possibilidades de melhoria nas aprendizagens que os usos da música podem trazer para a análise dos diferentes contextos históricos. No entanto, há diferentes abordagens sobre a temática, as quais implicam a construção de muitos objetos. O exame dessa diversidade é o nosso objetivo com este Dossiê: contribuir para a divulgação de pesquisas e para o debate sobre as relações entre música e ensino de história, apresentando um quadro amplo e diverso de pesquisadores e de suas abordagens.O artigo de Adalberto Paranhos, intitulado “Rasuras da história: samba, trabalho e ‘Estado Novo’ no ensino de História”, apresenta sólidos procedimentos metodológicos e uma análise acurada da música como fonte. O intuito do artigo, cujo autor é pesquisador de referência no campo da historiografia da música popular brasileira, é demonstrar como a pesquisa histórica que toma a música como objeto de análise pode fornecer elementos teóricos e metodológicos para o trabalho do professor em sala de aula – o que se faz a partir de um contexto histórico em que a canção popular, em particular o samba, era parte fundamental da construção de uma cultura política tipicamente brasileira.“O canto de Clara: possibilidades de ensino-aprendizagem da história afro-brasileira” também busca aproximar aspectos da pesquisa histórica com a prática de ensino. Apresentada por Luciano Magela Roza, a temática das relações entre a cultura afro-brasileira e a canção popular é muito apropriada aos tempos de intolerância que estamos vivendo, compondo um texto inspirador para a construção de práticas de ensino que honrem as conquistas dos movimentos sociais e da legislação educacional dos últimos anos, em direção à construção de uma sociedade menos desigual.Dois artigos se utilizam de referenciais teóricos distintos para analisar as relações que os alunos-ouvintes têm com a música e quais os impactos dessa relação nos processos de ensino e aprendizagem da história. No texto “A música nas aulas de história: o debate teórico sobre as metodologias de ensino”, que parte de uma crítica aos trabalhos que examinam as relações entre música e ensino de história e mobiliza referências importantes da epistemologia da aprendizagem, Olavo Pereira Soares apresenta um debate teórico e metodológico sobre a utilização da música nas práticas escolares de ensino de história. Em outra direção, dialogando com o conceito de “educação histórica”, o artigo de Luciano de Azambuja, intitulado “Canção, ensino e aprendizagem histórica”, analisa como a música nas aulas de história se relaciona com as memórias e as formações identitárias dos alunos.Dois dos artigos do Dossiê fazem uma análise teórica de experiências didáticas. No artigo “Relato de viagem: o livro Apologia da História e o uso de canções no ensino de disciplinas da Área de Teoria e Metodologia da História”, Edmilson Alves Maia Junior faz uma análise das possibilidades didáticas de uso da música em disciplinas fundamentais para a formação do historiador, em cursos de graduação; a reflexão parte de programas elaborados e desenvolvidos pelo autor como docente na Universidade do Estado do Ceará (Campus Quixadá). No artigo intitulado “Decantando a República: um encontro entre o historiador e o compositor popular”, Bruno Viveiros Martins toma como objeto de análise um programa de rádio, do qual é um dos produtores no âmbito do Projeto República da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o qual é veiculado há alguns anos na Rádio UFMG e aborda as relações entre canção popular e história.Na seção Entrevista, nosso convidado é o historiador Marcos Napolitano, que é referência na historiografia da cultura brasileira, tem sólida experiência em pesquisas sobre a música na história, e cujos trabalhos influenciam um número significativo de historiadores e professores de história da educação básica.Na seção E-storia, o Dossiê apresenta as experiências do pesquisador Carlos Eduardo de Freitas Lima com utilização do Facebook como recurso didático para o ensino de história e para a divulgação da produção historiográfica. Ao analisar as possibilidades de emprego de mídias tão conhecidas e utilizadas por nossos alunos, o autor apresenta insights sobre como aproximar docentes e discentes da produção historiográfica contemporânea.A seção História Hoje na Sala de Aula apresenta o texto intitulado “Na trilha sonora da História: a canção brasileira como recurso didático-pedagógico na sala de aula”. Luís Guilherme Ritta Duque relata e examina experiências vivenciadas como docente, em propostas didáticas de utilização da música nas práticas de ensino de história, em processos de formação de professores ou de ensino na educação básica.A seção Resenha, de autoria de Bruno Vinícius Leite de Morais, faz uma análise crítica do livro Nobres vagabundos: a malandragem entre a adesão e resistência ao trabalhismo durante o Estado Novo, de Adalberto Paranhos. O autor e o contexto histórico que abriram o Dossiê são os mesmos que o encerram, portanto, desta vez sob os olhos argutos de um jovem pesquisador que tem se dedicado a compreender os caminhos da historiografia da música popular brasileira.Esperamos que o prazer que tivemos ao conceber e organizar este conjunto de reflexões seja o mesmo que vocês, leitores, experimentem ao conhecer as ideias que nossos convidados conceberam, com a seriedade que os textos traduzem. Esperamos ainda mais: que este Dossiê possa inspirá-los, com seus diversos timbres e tonalidades, a realizar práticas de ensino cada vez mais consistentes, que relacionem a música ao ensino de história e possam formar sujeitos sensíveis às paisagens sonoras de todos os tempos. |
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A historiografia tem demonstrado que seja qual for a perspectiva, a utilização da música como fonte para a pesquisa requer do historiador conhecimentos e sensibilidades específicos, como o ouvido atento para as melodias e os olhos abertos para as letras, a compreensão de que a sua audição e dos demais está intimamente relacionada com seus respectivos contextos históricos, bem como o domínio da gramática básica da linguagem musical e das especificidades de cada gênero.Ao professor de história cabe uma tarefa ainda mais complexa: utilizar a música como objeto de estudo e como fonte para a construção de capacidades voltadas à aprendizagem e à construção do conhecimento histórico pelos estudantes.Nas últimas décadas, inúmeras pesquisas têm-se dedicado a investigar essa relação entre a música – especialmente a música popular – e o campo do ensino de história. Em comum, o fato de buscarem compreender quais as possibilidades de melhoria nas aprendizagens que os usos da música podem trazer para a análise dos diferentes contextos históricos. No entanto, há diferentes abordagens sobre a temática, as quais implicam a construção de muitos objetos. O exame dessa diversidade é o nosso objetivo com este Dossiê: contribuir para a divulgação de pesquisas e para o debate sobre as relações entre música e ensino de história, apresentando um quadro amplo e diverso de pesquisadores e de suas abordagens.O artigo de Adalberto Paranhos, intitulado “Rasuras da história: samba, trabalho e ‘Estado Novo’ no ensino de História”, apresenta sólidos procedimentos metodológicos e uma análise acurada da música como fonte. O intuito do artigo, cujo autor é pesquisador de referência no campo da historiografia da música popular brasileira, é demonstrar como a pesquisa histórica que toma a música como objeto de análise pode fornecer elementos teóricos e metodológicos para o trabalho do professor em sala de aula – o que se faz a partir de um contexto histórico em que a canção popular, em particular o samba, era parte fundamental da construção de uma cultura política tipicamente brasileira.“O canto de Clara: possibilidades de ensino-aprendizagem da história afro-brasileira” também busca aproximar aspectos da pesquisa histórica com a prática de ensino. Apresentada por Luciano Magela Roza, a temática das relações entre a cultura afro-brasileira e a canção popular é muito apropriada aos tempos de intolerância que estamos vivendo, compondo um texto inspirador para a construção de práticas de ensino que honrem as conquistas dos movimentos sociais e da legislação educacional dos últimos anos, em direção à construção de uma sociedade menos desigual.Dois artigos se utilizam de referenciais teóricos distintos para analisar as relações que os alunos-ouvintes têm com a música e quais os impactos dessa relação nos processos de ensino e aprendizagem da história. No texto “A música nas aulas de história: o debate teórico sobre as metodologias de ensino”, que parte de uma crítica aos trabalhos que examinam as relações entre música e ensino de história e mobiliza referências importantes da epistemologia da aprendizagem, Olavo Pereira Soares apresenta um debate teórico e metodológico sobre a utilização da música nas práticas escolares de ensino de história. Em outra direção, dialogando com o conceito de “educação histórica”, o artigo de Luciano de Azambuja, intitulado “Canção, ensino e aprendizagem histórica”, analisa como a música nas aulas de história se relaciona com as memórias e as formações identitárias dos alunos.Dois dos artigos do Dossiê fazem uma análise teórica de experiências didáticas. No artigo “Relato de viagem: o livro Apologia da História e o uso de canções no ensino de disciplinas da Área de Teoria e Metodologia da História”, Edmilson Alves Maia Junior faz uma análise das possibilidades didáticas de uso da música em disciplinas fundamentais para a formação do historiador, em cursos de graduação; a reflexão parte de programas elaborados e desenvolvidos pelo autor como docente na Universidade do Estado do Ceará (Campus Quixadá). No artigo intitulado “Decantando a República: um encontro entre o historiador e o compositor popular”, Bruno Viveiros Martins toma como objeto de análise um programa de rádio, do qual é um dos produtores no âmbito do Projeto República da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o qual é veiculado há alguns anos na Rádio UFMG e aborda as relações entre canção popular e história.Na seção Entrevista, nosso convidado é o historiador Marcos Napolitano, que é referência na historiografia da cultura brasileira, tem sólida experiência em pesquisas sobre a música na história, e cujos trabalhos influenciam um número significativo de historiadores e professores de história da educação básica.Na seção E-storia, o Dossiê apresenta as experiências do pesquisador Carlos Eduardo de Freitas Lima com utilização do Facebook como recurso didático para o ensino de história e para a divulgação da produção historiográfica. 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O autor e o contexto histórico que abriram o Dossiê são os mesmos que o encerram, portanto, desta vez sob os olhos argutos de um jovem pesquisador que tem se dedicado a compreender os caminhos da historiografia da música popular brasileira.Esperamos que o prazer que tivemos ao conceber e organizar este conjunto de reflexões seja o mesmo que vocês, leitores, experimentem ao conhecer as ideias que nossos convidados conceberam, com a seriedade que os textos traduzem. Esperamos ainda mais: que este Dossiê possa inspirá-los, com seus diversos timbres e tonalidades, a realizar práticas de ensino cada vez mais consistentes, que relacionem a música ao ensino de história e possam formar sujeitos sensíveis às paisagens sonoras de todos os tempos. Associação Nacional de História - ANPUH-BrasilSoares, Olavo PereiraHermeto, Miriam2017-05-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/35210.20949/rhhj.v6i11.352Revista História Hoje; v. 6, n. 11 (2017): Janeiro-Junho; 03-061806-399310.20949/rhhj.v6i11reponame:Revista história hojeinstname:Associação Nacional de História (ANPUH)instacron:ANPUHporhttps://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/352/241Direitos autorais 2017 Olavo Pereira Soares, Miriam Hermetohttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-01T16:47:46Zoai:rhhj.anpuh.org:article/352Revistahttps://rhhj.anpuh.org/RHHJ/indexhttps://rhhj.anpuh.org/RHHJ/oairhhjeditor@anpuh.org1806-39931806-3993opendoar:2017-06-01T16:47:46Revista história hoje - Associação Nacional de História (ANPUH)false |
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No nosso cotidiano, a música é distração e lazer, signo e linguagem, contato e convívio, percepção e diálogo acerca do mundo e da vida social. Podemos analisar a relação do ser humano com a música em diferentes perspectivas: os aspectos subjetivos, vinculados às percepções daqueles que ouvem e interagem com a música; as relações sociais que a música estabelece e proporciona em festas, shows e cultos religiosos e outros lugares de sociabilidade; a utilização da música como divulgação de modelos de linguagem, de estética e de posicionamento político; a sua construção como veículo de representações sociais que (re)produzem símbolos, valores e práticas cotidianas – e têm também uma forte dimensão crítica a eles; entre outros. A historiografia tem demonstrado que seja qual for a perspectiva, a utilização da música como fonte para a pesquisa requer do historiador conhecimentos e sensibilidades específicos, como o ouvido atento para as melodias e os olhos abertos para as letras, a compreensão de que a sua audição e dos demais está intimamente relacionada com seus respectivos contextos históricos, bem como o domínio da gramática básica da linguagem musical e das especificidades de cada gênero.Ao professor de história cabe uma tarefa ainda mais complexa: utilizar a música como objeto de estudo e como fonte para a construção de capacidades voltadas à aprendizagem e à construção do conhecimento histórico pelos estudantes.Nas últimas décadas, inúmeras pesquisas têm-se dedicado a investigar essa relação entre a música – especialmente a música popular – e o campo do ensino de história. Em comum, o fato de buscarem compreender quais as possibilidades de melhoria nas aprendizagens que os usos da música podem trazer para a análise dos diferentes contextos históricos. No entanto, há diferentes abordagens sobre a temática, as quais implicam a construção de muitos objetos. O exame dessa diversidade é o nosso objetivo com este Dossiê: contribuir para a divulgação de pesquisas e para o debate sobre as relações entre música e ensino de história, apresentando um quadro amplo e diverso de pesquisadores e de suas abordagens.O artigo de Adalberto Paranhos, intitulado “Rasuras da história: samba, trabalho e ‘Estado Novo’ no ensino de História”, apresenta sólidos procedimentos metodológicos e uma análise acurada da música como fonte. O intuito do artigo, cujo autor é pesquisador de referência no campo da historiografia da música popular brasileira, é demonstrar como a pesquisa histórica que toma a música como objeto de análise pode fornecer elementos teóricos e metodológicos para o trabalho do professor em sala de aula – o que se faz a partir de um contexto histórico em que a canção popular, em particular o samba, era parte fundamental da construção de uma cultura política tipicamente brasileira.“O canto de Clara: possibilidades de ensino-aprendizagem da história afro-brasileira” também busca aproximar aspectos da pesquisa histórica com a prática de ensino. Apresentada por Luciano Magela Roza, a temática das relações entre a cultura afro-brasileira e a canção popular é muito apropriada aos tempos de intolerância que estamos vivendo, compondo um texto inspirador para a construção de práticas de ensino que honrem as conquistas dos movimentos sociais e da legislação educacional dos últimos anos, em direção à construção de uma sociedade menos desigual.Dois artigos se utilizam de referenciais teóricos distintos para analisar as relações que os alunos-ouvintes têm com a música e quais os impactos dessa relação nos processos de ensino e aprendizagem da história. No texto “A música nas aulas de história: o debate teórico sobre as metodologias de ensino”, que parte de uma crítica aos trabalhos que examinam as relações entre música e ensino de história e mobiliza referências importantes da epistemologia da aprendizagem, Olavo Pereira Soares apresenta um debate teórico e metodológico sobre a utilização da música nas práticas escolares de ensino de história. Em outra direção, dialogando com o conceito de “educação histórica”, o artigo de Luciano de Azambuja, intitulado “Canção, ensino e aprendizagem histórica”, analisa como a música nas aulas de história se relaciona com as memórias e as formações identitárias dos alunos.Dois dos artigos do Dossiê fazem uma análise teórica de experiências didáticas. No artigo “Relato de viagem: o livro Apologia da História e o uso de canções no ensino de disciplinas da Área de Teoria e Metodologia da História”, Edmilson Alves Maia Junior faz uma análise das possibilidades didáticas de uso da música em disciplinas fundamentais para a formação do historiador, em cursos de graduação; a reflexão parte de programas elaborados e desenvolvidos pelo autor como docente na Universidade do Estado do Ceará (Campus Quixadá). No artigo intitulado “Decantando a República: um encontro entre o historiador e o compositor popular”, Bruno Viveiros Martins toma como objeto de análise um programa de rádio, do qual é um dos produtores no âmbito do Projeto República da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o qual é veiculado há alguns anos na Rádio UFMG e aborda as relações entre canção popular e história.Na seção Entrevista, nosso convidado é o historiador Marcos Napolitano, que é referência na historiografia da cultura brasileira, tem sólida experiência em pesquisas sobre a música na história, e cujos trabalhos influenciam um número significativo de historiadores e professores de história da educação básica.Na seção E-storia, o Dossiê apresenta as experiências do pesquisador Carlos Eduardo de Freitas Lima com utilização do Facebook como recurso didático para o ensino de história e para a divulgação da produção historiográfica. Ao analisar as possibilidades de emprego de mídias tão conhecidas e utilizadas por nossos alunos, o autor apresenta insights sobre como aproximar docentes e discentes da produção historiográfica contemporânea.A seção História Hoje na Sala de Aula apresenta o texto intitulado “Na trilha sonora da História: a canção brasileira como recurso didático-pedagógico na sala de aula”. Luís Guilherme Ritta Duque relata e examina experiências vivenciadas como docente, em propostas didáticas de utilização da música nas práticas de ensino de história, em processos de formação de professores ou de ensino na educação básica.A seção Resenha, de autoria de Bruno Vinícius Leite de Morais, faz uma análise crítica do livro Nobres vagabundos: a malandragem entre a adesão e resistência ao trabalhismo durante o Estado Novo, de Adalberto Paranhos. O autor e o contexto histórico que abriram o Dossiê são os mesmos que o encerram, portanto, desta vez sob os olhos argutos de um jovem pesquisador que tem se dedicado a compreender os caminhos da historiografia da música popular brasileira.Esperamos que o prazer que tivemos ao conceber e organizar este conjunto de reflexões seja o mesmo que vocês, leitores, experimentem ao conhecer as ideias que nossos convidados conceberam, com a seriedade que os textos traduzem. Esperamos ainda mais: que este Dossiê possa inspirá-los, com seus diversos timbres e tonalidades, a realizar práticas de ensino cada vez mais consistentes, que relacionem a música ao ensino de história e possam formar sujeitos sensíveis às paisagens sonoras de todos os tempos. |
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