MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO POST MORTEM EM NECROPAPILOSCOPIA FORENSE: revisão de literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciências Policiais (Online) |
DOI: | 10.31412/rbcp.v11i3.715 |
Texto Completo: | https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/715 |
Resumo: | A Necropapiloscopia Forense é uma área pericial que trata da identificação humana post mortem por meio de impressões digitais. Para a realização da perícia necropapiloscópica os papiloscopistas utilizam métodos convencionais preconizados pela literatura e previstos em manuais e POP’s (procedimentos operacionais padrão). Porém, fenômenos cadavéricos e condições de morte como putrefação, mumificação, carbonização, saponificação e maceração, podem dificultar e até mesmo inviabilizar a obtenção de impressões digitais com qualidade suficiente para exame, o que faz com que muitos cadáveres permaneçam sem identificação. Diante disso, este artigo pretende fazer levantamento e discussão de trabalhos científicos que ofereçam propostas de técnicas de identificação humana post mortem na área de Necropapiloscopia Forense, caracterizando-as, descrevendo-as e avaliando-as, para que possam ser direcionadas à prática forense, fundamentada em conhecimento científico. A revisão integrativa foi eleita como metodologia de pesquisa. Buscou-se publicações completas sobre a temática no período de janeiro/2002 a março/2019, nas bases de dados Scopus, Pubmed e Google Scholar, nos idiomas português e inglês. 17 publicações enquadraram-se no critério de inclusão. As técnicas recomendadas incluem desde procedimentos manuais, relativamente simples, como técnica do pó e técnica da moldagem; à procedimentos mais complexos, como as técnicas de maceração química que exigem excisão de falanges e tratamento com reagentes químicos. As novas tendências apontam o uso da tecnologia como câmeras fotográficas, smartphones, scanners agregados a softwares para captura digital de impressões digitais e compartilhamento em tempo real das imagens, bem como, dos fatores de correção do sistema AFIS, uma vez que resolvem problemas como encolhimento e colapso das estruturas dos dedos. Os resultados encontrados neste estudo apontam que: métodos de identificação post mortem em Necropapiloscopia é uma área ainda pouco explorada pela literatura forense, principalmente aqui no Brasil; há necessidade de desenvolvimento de estudos científicos que preencham lacunas na área; as técnicas recomendadas na literatura devem ter continuidade na prática forense, para que possam ser devidamente aplicadas, aprimoradas, difundidas e incluídas em protocolos e POP’s da área, visando a melhoria significativa nos resultados que envolvam identificação humana de cadáveres em diferentes estágios e condições de morte. |
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MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO POST MORTEM EM NECROPAPILOSCOPIA FORENSE: revisão de literaturaIdentificação humana. Necropapiloscopia forense. Identificação de cadáveres. Técnicas de identificação. Impressões digitais.A Necropapiloscopia Forense é uma área pericial que trata da identificação humana post mortem por meio de impressões digitais. Para a realização da perícia necropapiloscópica os papiloscopistas utilizam métodos convencionais preconizados pela literatura e previstos em manuais e POP’s (procedimentos operacionais padrão). Porém, fenômenos cadavéricos e condições de morte como putrefação, mumificação, carbonização, saponificação e maceração, podem dificultar e até mesmo inviabilizar a obtenção de impressões digitais com qualidade suficiente para exame, o que faz com que muitos cadáveres permaneçam sem identificação. Diante disso, este artigo pretende fazer levantamento e discussão de trabalhos científicos que ofereçam propostas de técnicas de identificação humana post mortem na área de Necropapiloscopia Forense, caracterizando-as, descrevendo-as e avaliando-as, para que possam ser direcionadas à prática forense, fundamentada em conhecimento científico. A revisão integrativa foi eleita como metodologia de pesquisa. Buscou-se publicações completas sobre a temática no período de janeiro/2002 a março/2019, nas bases de dados Scopus, Pubmed e Google Scholar, nos idiomas português e inglês. 17 publicações enquadraram-se no critério de inclusão. As técnicas recomendadas incluem desde procedimentos manuais, relativamente simples, como técnica do pó e técnica da moldagem; à procedimentos mais complexos, como as técnicas de maceração química que exigem excisão de falanges e tratamento com reagentes químicos. As novas tendências apontam o uso da tecnologia como câmeras fotográficas, smartphones, scanners agregados a softwares para captura digital de impressões digitais e compartilhamento em tempo real das imagens, bem como, dos fatores de correção do sistema AFIS, uma vez que resolvem problemas como encolhimento e colapso das estruturas dos dedos. Os resultados encontrados neste estudo apontam que: métodos de identificação post mortem em Necropapiloscopia é uma área ainda pouco explorada pela literatura forense, principalmente aqui no Brasil; há necessidade de desenvolvimento de estudos científicos que preencham lacunas na área; as técnicas recomendadas na literatura devem ter continuidade na prática forense, para que possam ser devidamente aplicadas, aprimoradas, difundidas e incluídas em protocolos e POP’s da área, visando a melhoria significativa nos resultados que envolvam identificação humana de cadáveres em diferentes estágios e condições de morte.ANP Editora2020-09-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos paresRevisão de LiteraturaPeer-reviewed articleArtículo revisado por paresArticle revu par des pairsArticolo sottoposto a revisione paritariaapplication/pdfhttps://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/71510.31412/rbcp.v11i3.715Rivista Brasiliana di Scienza di Polizia; V. 11 N. 3 (2020): La Criminal Forensics come strumento per la promozione dei diritti umani; 349-383Brazilian Journal of Police Sciences; Vol. 11 No. 3 (2020): Criminal Forensics as an instrument for the promotion of human rights; 349-383Revista Brasileña de Ciencias Policiales; Vol. 11 Núm. 3 (2020): La Criminalística Forense como instrumento para la promoción de los derechos humanos; 349-383Revista Brasileira de Ciências Policiais; v. 11 n. 3 (2020): A Perícia Criminal como instrumento de promoção dos direitos humanos; 349-383Revue Brésilienne des Sciences Policières; Vol. 11 No. 3 (2020): Criminal Forensics comme instrument de promotion des droits de l'homme; 349-3832318-69172178-001310.31412/rbcp.v11i3reponame:Revista Brasileira de Ciências Policiais (Online)instname:Academia Nacional de Polícia (ANP)instacron:ANPporhttps://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/715/43110.31412/rbcp.v11i3.715.g431Delgado, Simone MarianaMariotti, Kristiane de Cassiainfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-16T16:37:05Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/715Revistahttps://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCPPUBhttps://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/oaipublicacesp.anp@dpf.gov.br2318-69172178-0013opendoar:2022-08-16T16:37:05Revista Brasileira de Ciências Policiais (Online) - Academia Nacional de Polícia (ANP)false |
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MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO POST MORTEM EM NECROPAPILOSCOPIA FORENSE: revisão de literatura MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO POST MORTEM EM NECROPAPILOSCOPIA FORENSE: revisão de literatura Delgado, Simone Mariana Identificação humana. Necropapiloscopia forense. Identificação de cadáveres. Técnicas de identificação. Impressões digitais. Delgado, Simone Mariana Identificação humana. Necropapiloscopia forense. Identificação de cadáveres. Técnicas de identificação. Impressões digitais. |
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