Cal dolomítica: o passado e o presente
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ambiente construído (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212018000400063 |
Resumo: | Resumo A cal aérea é um ligante com grande durabilidade, como atestam inúmeros vestígios arqueológicos da época romana e não só. Quando é referido que uma determinada argamassa ou pintura mural foi executada com cal aérea, poucas vezes é descrito que ela é do tipo dolomítico. A escassez de referências a este tipo de ligante pode ser atribuída à menor disponibilidade de calcários dolomíticos. Porém, existem vários casos em Portugal, e em outros Países, da sua utilização que não parecem estar só associados aos principais recursos calcários. É reconhecido que em termos tecnológicos a sua produção requer menor temperatura de calcinação do que a necessária para a produção de cal calcítica. Este motivo, associado a propriedades de resistência à água, terá justificado o uso da cal dolomítica no passado, como atestam alguns exemplos de construções antigas, alguns dos quais são descritos brevemente neste artigo. Apesar desse passado, a cal dolomítica continua atualmente a ser desconhecida para a maioria dos membros da comunidade técnica e científica. Acresce que alguns resultados de caracterização são por vezes contraditórios, o que motiva algum receio da sua utilização. Este artigo visa desmistificar alguns preconceitos relacionados com uma eventual menor durabilidade da cal dolomítica, apresentando-se os mecanismos reacionais deste ligante e dos seus compostos de hidratação e de alteração, bem como alguns exemplos da utilização da cal dolomítica em monumentos Portugueses. Finalmente são apresentados resultados de caracterização física e mecânica deste ligante secular, que confirmam as suas características e que justificam o seu maior uso, nomeadamente em casos de conservação e restauro de argamassas em edificações históricas. |
id |
ANTAC-1_aeb272ea60f819f3546699cfb94e91a4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1678-86212018000400063 |
network_acronym_str |
ANTAC-1 |
network_name_str |
Ambiente construído (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Cal dolomítica: o passado e o presenteCalArgamassasDurabilidadeCaracterizaçãoResumo A cal aérea é um ligante com grande durabilidade, como atestam inúmeros vestígios arqueológicos da época romana e não só. Quando é referido que uma determinada argamassa ou pintura mural foi executada com cal aérea, poucas vezes é descrito que ela é do tipo dolomítico. A escassez de referências a este tipo de ligante pode ser atribuída à menor disponibilidade de calcários dolomíticos. Porém, existem vários casos em Portugal, e em outros Países, da sua utilização que não parecem estar só associados aos principais recursos calcários. É reconhecido que em termos tecnológicos a sua produção requer menor temperatura de calcinação do que a necessária para a produção de cal calcítica. Este motivo, associado a propriedades de resistência à água, terá justificado o uso da cal dolomítica no passado, como atestam alguns exemplos de construções antigas, alguns dos quais são descritos brevemente neste artigo. Apesar desse passado, a cal dolomítica continua atualmente a ser desconhecida para a maioria dos membros da comunidade técnica e científica. Acresce que alguns resultados de caracterização são por vezes contraditórios, o que motiva algum receio da sua utilização. Este artigo visa desmistificar alguns preconceitos relacionados com uma eventual menor durabilidade da cal dolomítica, apresentando-se os mecanismos reacionais deste ligante e dos seus compostos de hidratação e de alteração, bem como alguns exemplos da utilização da cal dolomítica em monumentos Portugueses. Finalmente são apresentados resultados de caracterização física e mecânica deste ligante secular, que confirmam as suas características e que justificam o seu maior uso, nomeadamente em casos de conservação e restauro de argamassas em edificações históricas.Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ANTAC2018-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212018000400063Ambiente Construído v.18 n.4 2018reponame:Ambiente construído (Online)instname:Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC)instacron:ANTAC10.1590/s1678-86212018000400293info:eu-repo/semantics/openAccessSilva,Antonio Santospor2021-04-09T00:00:00Zoai:scielo:S1678-86212018000400063Revistahttps://seer.ufrgs.br/ambienteconstruidohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ambienteconstruido@ufrgs.br1678-86211415-8876opendoar:2021-04-09T00:00Ambiente construído (Online) - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Cal dolomítica: o passado e o presente |
title |
Cal dolomítica: o passado e o presente |
spellingShingle |
Cal dolomítica: o passado e o presente Silva,Antonio Santos Cal Argamassas Durabilidade Caracterização |
title_short |
Cal dolomítica: o passado e o presente |
title_full |
Cal dolomítica: o passado e o presente |
title_fullStr |
Cal dolomítica: o passado e o presente |
title_full_unstemmed |
Cal dolomítica: o passado e o presente |
title_sort |
Cal dolomítica: o passado e o presente |
author |
Silva,Antonio Santos |
author_facet |
Silva,Antonio Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva,Antonio Santos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cal Argamassas Durabilidade Caracterização |
topic |
Cal Argamassas Durabilidade Caracterização |
description |
Resumo A cal aérea é um ligante com grande durabilidade, como atestam inúmeros vestígios arqueológicos da época romana e não só. Quando é referido que uma determinada argamassa ou pintura mural foi executada com cal aérea, poucas vezes é descrito que ela é do tipo dolomítico. A escassez de referências a este tipo de ligante pode ser atribuída à menor disponibilidade de calcários dolomíticos. Porém, existem vários casos em Portugal, e em outros Países, da sua utilização que não parecem estar só associados aos principais recursos calcários. É reconhecido que em termos tecnológicos a sua produção requer menor temperatura de calcinação do que a necessária para a produção de cal calcítica. Este motivo, associado a propriedades de resistência à água, terá justificado o uso da cal dolomítica no passado, como atestam alguns exemplos de construções antigas, alguns dos quais são descritos brevemente neste artigo. Apesar desse passado, a cal dolomítica continua atualmente a ser desconhecida para a maioria dos membros da comunidade técnica e científica. Acresce que alguns resultados de caracterização são por vezes contraditórios, o que motiva algum receio da sua utilização. Este artigo visa desmistificar alguns preconceitos relacionados com uma eventual menor durabilidade da cal dolomítica, apresentando-se os mecanismos reacionais deste ligante e dos seus compostos de hidratação e de alteração, bem como alguns exemplos da utilização da cal dolomítica em monumentos Portugueses. Finalmente são apresentados resultados de caracterização física e mecânica deste ligante secular, que confirmam as suas características e que justificam o seu maior uso, nomeadamente em casos de conservação e restauro de argamassas em edificações históricas. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-10-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212018000400063 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212018000400063 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/s1678-86212018000400293 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ANTAC |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ANTAC |
dc.source.none.fl_str_mv |
Ambiente Construído v.18 n.4 2018 reponame:Ambiente construído (Online) instname:Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC) instacron:ANTAC |
instname_str |
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC) |
instacron_str |
ANTAC |
institution |
ANTAC |
reponame_str |
Ambiente construído (Online) |
collection |
Ambiente construído (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Ambiente construído (Online) - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC) |
repository.mail.fl_str_mv |
||ambienteconstruido@ufrgs.br |
_version_ |
1754209104003334144 |