A cordialidade como mal-estar ou a violência como o recalcado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47141999000400123 |
Resumo: | Neste estudo problematizamos a constituição da subjetividade orientada pelo discurso que adota o mito do brasileiro cordial como modelo identificatório. Utilizando do referencial psicanalítico, analisamos discursos presentes na história nacional que abordam essa questão, interrogando sobre o recalque da violência e suas conseqüências sobre a subjetividade. Avaliamos que o discurso da cordialidade funciona como forma de controle e de manutenção do status quo, ao gratificar e oferecer uma representação pretensamente valorizada do brasileiro. Ainda, esse discurso produz o recalque da violência e o seu retorno sob a forma de domínio, ou seja, de exercício do controle sobre o coro e o desejo do outro, manifesto nas práticas de dominação social e sexual. Os modelos identificatórios da cordialidade e do domínio, funcionam como extremos complementares, associados ao recalque da violência. Finalizando, perguntamos sobre as práticas psicoterápicas e psicanalíticas desenvolvidas no cenário nacional, a partir da inserção de psicoterapeutas e psicanalistas nesse contexto cultural. |
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A cordialidade como mal-estar ou a violência como o recalcadoCordialidaderecalquemodelo identificatórioviolênciaNeste estudo problematizamos a constituição da subjetividade orientada pelo discurso que adota o mito do brasileiro cordial como modelo identificatório. Utilizando do referencial psicanalítico, analisamos discursos presentes na história nacional que abordam essa questão, interrogando sobre o recalque da violência e suas conseqüências sobre a subjetividade. Avaliamos que o discurso da cordialidade funciona como forma de controle e de manutenção do status quo, ao gratificar e oferecer uma representação pretensamente valorizada do brasileiro. Ainda, esse discurso produz o recalque da violência e o seu retorno sob a forma de domínio, ou seja, de exercício do controle sobre o coro e o desejo do outro, manifesto nas práticas de dominação social e sexual. Os modelos identificatórios da cordialidade e do domínio, funcionam como extremos complementares, associados ao recalque da violência. Finalizando, perguntamos sobre as práticas psicoterápicas e psicanalíticas desenvolvidas no cenário nacional, a partir da inserção de psicoterapeutas e psicanalistas nesse contexto cultural.Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental1999-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47141999000400123Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental v.2 n.4 1999reponame:Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental (Online)instname:Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental (AUPPF)instacron:AUPPF10.1590/1415-47141999004008info:eu-repo/semantics/openAccessSouza,Mériti depor2016-08-15T00:00:00Zoai:scielo:S1415-47141999000400123Revistahttp://www.scielo.br/rlpfhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||mtberlin@uol.com.br|| soniacleite@uol.com.br1984-03811415-4714opendoar:2016-08-15T00:00Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental (Online) - Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental (AUPPF)false |
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