Análise da sofisticação do comércio Brasileiro na América Do Sul / Analysis of the sophistication of Brazilian trade in South America

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, João Victor Souza da
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Veloso, Gilberto de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Applied Science Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BASR/article/view/449
Resumo: O presente trabalho fundamenta-se na literatura estruturalista para analisar a sofisticação do comércio exterior brasileiro frente os demais países da América do Sul entre 1970 e 2010. A dicotomia entre o posicionamento global do Brasil e o sua postura comercial a nível regional são reflexo de diferentes configurações institucionais nas quais o país se insere ao longo do século XX e início do século XXI. A política industrial brasileira se desenvolveu intimamente ligada à política comercial para a América Latina, pelo Processo de Substituição Regional de Importações o qual objetivou expandir as exportações de bens de maior intensidade tecnológica em concomitância à maior integração comercial a nível subcontinental. Todavia, a pressão por abertura econômica e distanciamento de parceiros latino-americanos acarretou mudança de comportamento na dinâmica industrial e de comércio exterior brasileiro. As reformas institucionais das décadas de 1980 e 1990 impactaram diretamente, positiva e negativamente sobre a dinâmica regional frente os parceiros. O enfoque na manutenção das exportações de elevada intensidade tecnológica baseia-se na compreensão de sua associação direta com mudanças estruturais e elevação da renda per capita. A utilização dos Índice de Produtividade do Produto Exportado (PRODY) e Índice de Sofisticação da Economia (EXPY), a partir do Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) permite mensurar o impacto das exportações em dado conjunto de bens sobre a dinâmica econômica de um país, em termos comparativos. Verificou-se que o Brasil apresenta significativa vantagem comparativa para setores de média-alta e alta intensidade tecnológica na América do Sul, em contrariedade à perda de participação destes segmentos da pauta de exportações voltadas ao mercado global. Observou-se elevação da produtividade dos bens de maior intensidade tecnológica entre os países da América do Sul e que o Brasil posiciona-se como país mais sofisticado nos segmentos de média-alta intensidade tecnológica e alta intensidade tecnológica, apesar de oscilações históricas na sofisticação para esta cesta de bens.
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