A precariedade humana em tempos de pandemia: meditações insólidas sobre a finitude da vida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica |
Texto Completo: | https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/9210 |
Resumo: | Nos primeiros meses de 2020 a humanidade foi surpreendida por um vírus desconhecido, o SARS-CoV-2, que logo se mostrou extremamente agressivo e letal. Em um mundo socialmente desigual, a doença denominada de Covid-19 se alastrou por todo o globo terrestre. Os avanços científicos, que nos trouxeram grandes benefícios, foram paralisados diante de um microrganismo. Assim, uma pandemia igualou todos os seres humanos à precariedade da condição humana e da medicina. Nesse contexto, a medicina se confrontou com problemas que aparentemente estavam superados, como “quem merece viver e quem merece morrer?” De que modo a medicina precisaria passar por um processo de formação de competência moral? Em que medida os profissionais médicos deveriam assumir a sua humanidade? Diante do esgotamento dos recursos médicos, tomou-se consciência de que o desamparo e a finitude humanas são reais. O projeto do homo sapiens “amortal” foi interrompido pela banalidade de um vírus potente. A utopia da saúde perfeita foi redimensionada para questões simples que dizem respeito à solidariedade, à empatia, e ao cuidado àquele que sofre. Este artigo propõe trazer reflexões sobre a morte e o morrer, o cuidado para com a solidão dos moribundos. Acima de tudo, a ciência médica é uma atividade humana, e não pode reivindicar para si uma escatologia de um admirável mundo novo. |
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