Amor entre mulheres: afetividades e violência no contexto prisional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica |
Texto Completo: | https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/13756 |
Resumo: | Neste artigo, refletimos sobre as possibilidades da existência de amor e afeto nas relações entre mulheres encarceradas como elemento potente para pensar as representações de poder e violência operadas pelo Estado, a partir de narrativas de mulheres que cumprem pena restritiva de liberdade no Presídio Feminino Talavera Bruce, na cidade do Rio de Janeiro. As narrativas dessas mulheres, feitas por meio de entrevistas, configuram os significados que podem indicar a intervenção violenta do Estado sobre essas relações através de diversos atores que trabalham no presídio. As relações não heterossexuais são comuns nesses espaços institucionais e, ao problematizarmos as representações de corpos e práticas que fogem à norma heterossexual, acendem uma série de suposições quanto às identidades de gênero e orientação sexual, no entanto, rompem fronteiras e convocam seu (re)conhecimento não só naquele espaço, como também em todas as esferas da sociedade. Nas fissuras das narrativas desse universo, foi possível mostrar para além do senso comum que tais relações se constituem por motivos diversos entre os quais o afeto, o amor, a solidariedade e também interesses de ordens diversas, o que é comum nas narrativas de agentes penitenciários e outros trabalhadores do presídio a respeito de tais relações. |
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Amor entre mulheres: afetividades e violência no contexto prisionalEncarceramento femininoSexualidadeViolênciaNeste artigo, refletimos sobre as possibilidades da existência de amor e afeto nas relações entre mulheres encarceradas como elemento potente para pensar as representações de poder e violência operadas pelo Estado, a partir de narrativas de mulheres que cumprem pena restritiva de liberdade no Presídio Feminino Talavera Bruce, na cidade do Rio de Janeiro. As narrativas dessas mulheres, feitas por meio de entrevistas, configuram os significados que podem indicar a intervenção violenta do Estado sobre essas relações através de diversos atores que trabalham no presídio. As relações não heterossexuais são comuns nesses espaços institucionais e, ao problematizarmos as representações de corpos e práticas que fogem à norma heterossexual, acendem uma série de suposições quanto às identidades de gênero e orientação sexual, no entanto, rompem fronteiras e convocam seu (re)conhecimento não só naquele espaço, como também em todas as esferas da sociedade. Nas fissuras das narrativas desse universo, foi possível mostrar para além do senso comum que tais relações se constituem por motivos diversos entre os quais o afeto, o amor, a solidariedade e também interesses de ordens diversas, o que é comum nas narrativas de agentes penitenciários e outros trabalhadores do presídio a respeito de tais relações.In this present article, we reflect on the possibilities of the existence of love and affection in relationships between incarcerated women as a powerful element to think about the representations of power and violence operated by the State, from the narratives of women serving time restrictive of freedom in the Talavera Bruce Female Prison, in the city of Rio de Janeiro. The narratives of these women made through interviews, configure the meanings that may indicate the violent intervention of the State over these relations through the various actors that work in the prison. Non-heterosexual relations are common in these institutional spaces and, when we problematize the representations of bodies and practices that escape from the heterosexual norm, they ignite a series of assumptions about gender identities and sexual orientation, however, they break boundaries and call for their (re)cognition not only in that space, but also in all spheres of the larger society. In the fissures of the narratives of this universe it was possible to show beyond common sense that such relationships are constituted for various reasons, among which are affection, love, solidarity, and also interests of various orders, which is common in the narratives of prison guards and other prison workers about such relationships. Keywords: Female incarceration. Sexuality. ViolenceEsta ponencia propone hacer una reflexión acerca de las posibilidades de la existencia de amor y afecto en las relaciones entre mujeres en situación de cárcel. Entendiendo esas relaciones como un potente elemento para pensar las representaciones de poder y violencia operadas por el Estado desde las historias de mujeres que están cumpliendo pena de restricción de la libertad en el Presídio Feminino Talavera Bruce, en la ciudad del Rio de Janeiro. Las narrativas de esas mujeres fueron recogidas en entrevistas; Todas están configuradas por signos que pueden ser indicaciones de una intervención violenta del Estado sobre las relaciones de afecto entre las mujeres encarceladas efectuada por los trabajadores del presidio. Relaciones no heterosexuales suelen ser comunes en espacios institucionales de privación de libertad. La problematización de las representaciones de cuerpos y prácticas que están afuera de la norma heterosexual emergen una cadena de suposiciones relacionadas a identidades de genero y orientación sexual. Sin embargo, esa misma problematización es potente para romper las fronteras y convocar su reconocimiento no solamente en el espacio aquí abordado, sino también en todas las esferas de la sociedad ampliada. En las grietas de las narrativas de ese universo fue posible apuntar, más allá del senso común, que tales relaciones se constituyen por razones diversas, entre las cuales: el afecto, el amor, la solidariedade y también intereses de otras órdenes – este último muy comúnmente accionado en las narrativas de los agentes penitenciarios y otros trabajadores del presidio cuando indagados a respeto de las relaciones entre esas mujeres. Palabras clave: Encarcelamiento femenino. Sexualidad. Violencia Palabras clave: Encarcelamiento femenino. Sexualidad. ViolenciaAssociação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph)2022-05-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/1375610.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p82-95Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; Vol. 7 Núm. 20 (2022): Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; 82-95REVUE BRÉSILIENNE DE RECHERCHE (AUTO)BIOGRAPHIQUE; Vol. 7 No 20 (2022): Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; 82-95Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; v. 7 n. 20 (2022): Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; 82-952525-426X10.31892/rbpab2525-426X.v7.n20reponame:Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográficainstname:Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph)instacron:BIOporhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/13756/9664Copyright (c) 2022 Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográficainfo:eu-repo/semantics/openAccessPaixão, Andréa de Freitas2022-08-18T12:41:31Zoai:ojs.192.168.5.50:article/13756Revistahttp://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/indexhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/oai||esclementino@uol.com.br|| biographassociacao@gmail.com2525-426X2525-426Xopendoar:2022-08-18T12:41:31Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica - Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph)false |
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