Quero os meus brincos: memória da infância, patrimônio e identidade na saga do povo Xetá
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica |
Texto Completo: | https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/7778 |
Resumo: | Este artigo tem por objetivo problematizar a questão do patrimônio cultural do Povo Xetá em relação à sua apropriação por instituições a partir do processo histórico de colonização do norte do Paraná, Brasil, nos anos 1950-1960, em que esse povo teve suas terras esbulhadas e sua população remanescente dispersa por outras terras indígenas ou centros urbanos. Apresenta o caso de Moko (Tamanduá), também conhecida como “Ô, uma criança sobrevivente à tentativa de extermínio de seu povo – hoje uma anciã. à reconhece seus brincos no acervo de um museu público e os reclama para si. Os brincos de à fazem emergir a memória da trágica interrupção dos ritos de passagem, de violação de sua infância e da impossibilidade de fazer-se adulta ao abrigo de sua cultura. É no espaço-tempo da dispersão que à e seu povo amadurecem, resistem à assimilação e à aculturação e defendem o direito de gerir seu próprio patrimônio. O artigo dialoga com a Sociologia da Infância, a partir de Tomas (2011), Sarmento (2010) e Fernandes (2009), traz da Psicologia Social o conceito de memória coletiva Halbwachs (1990), Mori (1998) e Bosi (1987) e da Antropologia os conceitos de etnogênese Hill (1986) e Bartolomé (2006) e transfiguração epistemológica Silva (2017c; 2019). O artigo propõe uma nova política de preservação do patrimônio das sociedades tradicionais, que descoloniza a gestão desses acervos, devolvendo-a a quem de direito. |
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