Escrita de si na escrita epistolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mignot, Ana Chrystina
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Rocha, Inês de Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica
Texto Completo: https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/16141
Resumo: Neste dossiê, as autoras e autores tratam de cartas escritas por mulheres e homens, intelectuais e pessoas comuns, poetas, músicos, religiosos, professores, estudantes, jovens e crianças, a maior parte das vezes em um processo que transforma afetos no ato de escrever, de ler o escrito e de escrever de volta ao correspondente outra mensagem. Uma foi produzida em momento doloroso para comunicar a morte, algumas durante deslocamentos por viagem ou imigrações e outras tantas motivadas pelo desejo de estreitar intercâmbio profissional ou em contextos de formação. Temos aqui cartas entre amigos, cartas de amor, cartas entre pais e filhos. Cartas enviadas. Cartas imaginadas. Cartas para desabafar. Cartas para povoar a solidão. Quase todas foram escritas com a intenção de serem lidas somente pelo destinatário, mas há também exemplos daquele tipo que sai da pena com a vocação de ser publicizada em jornais e nas igrejas. As cartas examinadas foram localizadas em arquivos pessoais e familiares, em publicações ou em instituições de guarda. Onde estarão aquelas, cujas palavras foram apenas colocadas no papel e que nunca seguiram seus destinos? Provavelmente, permanecem esquecidas no fundo de baús de memórias.
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