Palavra patrimônio: narrativas orais no Assentamento Rose
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica |
Texto Completo: | https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/7762 |
Resumo: | As comunidades tradicionais possuem formas de transmissão de saberes predominantemente orais, ancoradas em vínculos parentais e afetivos fundamentais para sua existência e preservação. Com uma organização social complexa e cadeia hierárquica baseada na antiguidade do saber, demonstram força e vitalidade na atuação de mestres reconhecidos pelo grupo social. Os mais velhos exercem uma liderança natural no grupo e se destacam como guardiões dos saberes que estruturam os modos de vida coletivo. Trataremos da comunidade narrativa do Assentamento Rose, uma comunidade de sem terras localizada no município de Santa Luz, Bahia. Trata-se de uma comunidade diaspórica, cujos sujeitos são oriundos de várias cidades, se reorganizando em torno de interesses comuns. Os aspectos culturais são de extrema importância para a reorganização dos sujeitos em comunidade e, por isso, nosso interesse nas narrativas orais e contos populares presentes no Assentamento, a partir da atuação do narrador Zé de Souza. Será analisado o conto “O homem preguiçoso”, discutindo as relações de trabalho e de poder encontradas na narrativa. Desse modo, veremos como as narrativas tradicionais, no seu processo de transmissão e continuidade, carregam muito da personalidade do narrador, mas, acima de tudo, documentam as formas de organização social da comunidade, ainda que de forma indireta, e preservam, reafirmam e fortalecem valores estruturantes para o grupo social. |
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