Atualização do esquema terapêutico em 2009: um reflexo na morbimortalidade por tuberculose na Bahia / Updating of the therapeutic scheme in 2009: a reflection on morbidity and mortality due to tuberculosis in Bahia
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1333 |
Resumo: | Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica e progressiva, causada pela Mycobacterium tuberculosis (Mtb). Seu tratamento acompanha os avanços tecnocientíficos da farmacologia e a resistência bacteriana. Em 2009 o esquema de tratamento foi mudado graças ao Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNTC). Foi introduzido o Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento do Esquema Básico, foram modificadas as doses de Pirazinamida e Hidrazida e houve a formulação das quatro drogas num único comprimido com dose fixa combinada nas seguintes dosagens: Rifampicina 150mg, Isoniazida 75mg, Pirazinamida 400mg e Etambutol 275mg. Uma das metas do PNCT é curar mais que 85% e reduzir o abandono para valores inferiores a 5%. Além disso, o Ministério da Saúde afirma que a TB deixará de ser um problema de saúde pública quando o Brasil tiver menos de 10 casos por 100mil habitantes. Objetivo:Determinar a taxa de incidência de casos notificados, tipo de entrada e de situação de encerramento na Bahia de 2004 a 2015. Metodologia: Estudo do tipo ecológico de série temporal, realizado com dados secundários do Ministério da Saúde. Os dados foram tabulados pelas seguintes variáveis: etnia, sexo, grupo etário, escolaridade, tipo de entrada e situação de encerramento.Resultados:Houve uma diminuição progressiva na taxa de incidência, chegando, em 2015, a 34,5/100 mil habitantes. O sexo masculino (63,9%), a etniaparda (53,8%), a faixa etária de 20-39 anos (75,3%) e analfabetos (21,6%) prevaleceram ao analisarmos o período de 2004 a 2015. A porcentagem de cura oscilou ao longo dos anos, sendo a maior em 2008 (69,9%) e a menor em 2014 (64,8%). A porcentagem a abandono também oscilou, sendo seu menor valor registrado em 2006 (6,9%) e o maior em 2013 (9,5%).Conclusão: A metas propostas pelo PNCT e pelo Ministério da Saúde não foram alcançadas. A incidência e o abandono mantêm-se elevados e a cura, insuficiente. |
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Atualização do esquema terapêutico em 2009: um reflexo na morbimortalidade por tuberculose na Bahia / Updating of the therapeutic scheme in 2009: a reflection on morbidity and mortality due to tuberculosis in BahiaTuberculose. Epidemiologia. Bahia.Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica e progressiva, causada pela Mycobacterium tuberculosis (Mtb). Seu tratamento acompanha os avanços tecnocientíficos da farmacologia e a resistência bacteriana. Em 2009 o esquema de tratamento foi mudado graças ao Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNTC). Foi introduzido o Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento do Esquema Básico, foram modificadas as doses de Pirazinamida e Hidrazida e houve a formulação das quatro drogas num único comprimido com dose fixa combinada nas seguintes dosagens: Rifampicina 150mg, Isoniazida 75mg, Pirazinamida 400mg e Etambutol 275mg. Uma das metas do PNCT é curar mais que 85% e reduzir o abandono para valores inferiores a 5%. Além disso, o Ministério da Saúde afirma que a TB deixará de ser um problema de saúde pública quando o Brasil tiver menos de 10 casos por 100mil habitantes. Objetivo:Determinar a taxa de incidência de casos notificados, tipo de entrada e de situação de encerramento na Bahia de 2004 a 2015. Metodologia: Estudo do tipo ecológico de série temporal, realizado com dados secundários do Ministério da Saúde. Os dados foram tabulados pelas seguintes variáveis: etnia, sexo, grupo etário, escolaridade, tipo de entrada e situação de encerramento.Resultados:Houve uma diminuição progressiva na taxa de incidência, chegando, em 2015, a 34,5/100 mil habitantes. O sexo masculino (63,9%), a etniaparda (53,8%), a faixa etária de 20-39 anos (75,3%) e analfabetos (21,6%) prevaleceram ao analisarmos o período de 2004 a 2015. A porcentagem de cura oscilou ao longo dos anos, sendo a maior em 2008 (69,9%) e a menor em 2014 (64,8%). A porcentagem a abandono também oscilou, sendo seu menor valor registrado em 2006 (6,9%) e o maior em 2013 (9,5%).Conclusão: A metas propostas pelo PNCT e pelo Ministério da Saúde não foram alcançadas. A incidência e o abandono mantêm-se elevados e a cura, insuficiente. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2019-02-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1333Brazilian Journal of Health Review; Vol. 2 No. 2 (2019); 1220-1244Brazilian Journal of Health Review; v. 2 n. 2 (2019); 1220-12442595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1333/1205Copyright (c) 2019 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessMatos, Paulo Vitor CamposSousa, Otávio CarvalhoRodrigues, Renata LeiteOliveira, Ingrid Souza Costa deSoares, Mariana Lins DantasGalvão, Lucas Velame SimõesCosta, Juan Jailson Oliveira AlmeidaOliveira, Daniel Fiscina de2019-06-04T14:36:53Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/1333Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2019-06-04T14:36:53Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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