Novas evidências farmacológicas para o Metoprolol como ferramenta terapêutica em diferentes patologias cardiovasculares: uma revisão

• Autor(a) principal: Ribeiro, Rachel Melo
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Costa, Gildean Pereira, Majewski, João Pedro Silva, dos Santos, João Pedro Lima, Cantanhede, Marina Gomes, Costa, Isabela Carolyne de Melo, de Brito Junior, Emanoel Ribeiro, Silva, Wesley do Nascimento
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• DOI: 10.34119/bjhrv6n3-055
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/59551
• topic: farmacologia clínica; Metoprolol; doenças cardiovasculares; avanço terapêutico

Introdução: o metoprolol, um bloqueador dos receptores β1-adrenérgicos cardíacos, é um fármaco aprovado para o tratamento de angina, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, arritmias e hipertensão. Baseado nisso, o presente estudo tem como objetivo trazer atualizações das evidências farmacológicas desse fármaco nas diversas doenças cardiovasculares. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática na qual foram selecionados artigos científicos publicados nas bases de dados do pubmed, entre os anos de 2021 e 2022. Utilizou-se os descritores: metoprolol or pharmacokinetic, pharmacodynamics, efficacy, adverse effect, combinados por meio do operador and. Foram encontrados 46 artigos, dos quais 17 preencheram os critérios de seleção e, portanto, estão incluídos neste estudo. Resultados: em relação ao uso clínico do metoprolol, esse se mostrou benéfico no tratamento de arritmias após ressecção de hepatocarcinoma, na melhora cardíaca em pacientes com marca-passo permanente, em indivíduos com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, além de terem sido citados no aumento da sobrevida em pacientes com dissecção de aorta tipo b. Quando combinado a outra droga, mostrou-se benéfico tanto na insuficiência cardíaca e na aterosclerose de carótida, quanto na obesidade hipotalâmica. No que se refere a evento adverso, pacientes em uso de metoprolol foram mais propensos a pesadelos do que aqueles expostos a outra droga antagonista beta-adrenérgica, como carvedilol ou labetalol. Além disso, quando comparado com outro fármaco, ele não obteve vantagem em relação ao esmolol para a realização de angiotomografia e foi menos eficaz na terapia anti-hipertensiva de homens com disfunção erétil. Por fim, no que se refere a novos métodos de detecção ou intervenção terapêutica do uso do metoprolol, um estudo obteve sucesso na descoberta de um nova forma de quantificar o metoprolol no plasma de ratos, enquanto outro estudo recente, abordou considerações relevantes na terapia personalizada do fármaco, baseado no polimorfismo genético da cyp2d6. Conclusão: a presente revisão sistemática corrobora atualizações do uso do metoprolol encontradas na literatura atual, contribuindo para a instituição de terapêutica personalizada ao paciente portador de doença cardiovascular.