Ações socioeducativas no combate ao câncer de mama: Relato de experiência de um projeto de extensão universitária / Socio-educational actions to combat breast cancer: Experience report of a university extension project

• Autor(a) principal: Nakata, Maria Vitória Yuka Messias
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Guirro, Ana Laura Martins, de Macedo, Bruna Camargo, Marangoni, Gabriela Mendonça, Vespoli, Heloisa Maria de Luca
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/43838
• topic: Atenção Primária; Câncer de Mama; Rodas de conversa; Agente comunitário; Rastreamento Mamográfico.

O câncer de mama é o segundo tipo de neoplasia mais frequente no Brasil e é a principal causa de mortalidade por neoplasia entre as mulheres, essencialmente por ser diagnosticado em casos avançados. Faz-se imperativo, identificar as mulheres com maior risco e fazer o diagnóstico precoce, realizado pelo rastreamento mamográfico. No município de Botucatu, embora o número de equipamentos seja suficiente e não haja fila de espera, a maioria dos diagnósticos são feitos em fases avançadas. Levando em consideração a importância da Atenção Primária à Saúde, iniciou-se em 2020 um projeto de extensão universitária que visitou Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família da região com o objetivo de promover ações socioeducativas no combate ao câncer de mama mediante rodas de conversa. Esses encontros foram ações integradas e multiprofissionais, contando com as equipes de saúde das unidades, alunos da graduação de medicina, de enfermagem e profissional mastologista. Nas visitas, identificou-se estratégias de monitoramento de cada unidade, bem como dificuldades específicas e comuns da rede. A busca ativa pelas mulheres com idade de rastreio, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, mostrou-se importante pilar do diagnóstico precoce, destacando o trabalho dos Agentes Comunitários nos territórios. As conversas contribuíram para melhorar a capacitação dos profissionais na identificação de mulheres com potencial alto risco e esclarecimentos da doença, assim como sugestões de mudanças na rotina de monitoramento das unidades. O monitoramento e a busca das mulheres na faixa etária recomendada ou com potencial alto risco devem ser realizados pela atenção primária principalmente por ser a porta de entrada para os serviços de saúde. Assim, ações promotoras de comunicação entre os níveis de saúde devem ser incentivadas para que haja compartilhamento de estratégias visando continuamente melhorar o prognóstico da doença.