Perspectiva e desafios de nutricionistas vinculados ao núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica (nasf-ab) / Perspective and challenges of nutritionists linked to the extended family health and primary care center (nasf-ab)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/36761 |
Resumo: | Com a criação do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), em 2008, foi possível a inserção de mais profissionais, a Atenção Básica (AB), dentre eles, o nutricionista. Sendo possível a diversificação e ampliação da integralidade na assistência. Assim, ações de assistência nutricional puderam ser melhores desenvolvidas, como, planos terapêuticos para Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) e deficiências nutricionais, realização do cuidado nutricional em todas as fases da vida, promoção de ações integrativas e intersetoriais de educação em saúde e nutrição (BORELLI et al., 2015). A adoção de hábitos alimentares adequados aliados a um estilo de vida saudável contribui na redução ou prevenção de DCNT, responsáveis por 72% dos óbitos (BRASIL, 2018). Retratar os desafios do trabalho do nutricionista do NASF na Atenção Básica em Fortaleza e região metropolitana de Caucaia, municípios do Ceará. Trata-se de um relato de experiência de nutricionistas atuantes no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB). Uma das profissionais trabalha no município de Fortaleza desde janeiro/2018, e a outra há seis anos num bairro de Caucaia. As atividades realizadas são: atendimentos domiciliares, individuais e coletivos; ações no Programa Saúde nas Escolas; e salas de esperas, entre outras atividades. Foram elencados os principais desafios a serem superados no processo de trabalho deste profissional na Atenção básica. Arantes, Shimizu e Merchán-hamann (2016) verificaram que os principais desafios encontrados são financiamento insuficiente, à formação profissional em desarmonia com o modelo de atenção centrado na APS, e ao desenvolvimento de ações intersetoriais. Um dos maiores desafios no atendimento domiciliar são: falta de transporte municipal ou carro não comporta todos os profissionais, sendo necessário fazer vários deslocamentos para o transporte da equipe. Além disso, a violência existente nos territórios dificulta a segurança da visita; assim como a falta de instrumentos, e a grande demanda. Para os atendimentos individuais, o maior empecilho é a falta de sala fixa. Acontecem de muitas vezes os pacientes ficarem procurando pela nutricionista. Além disso, falta balança também para o atendimento na sala do nutricionista, sendo necessário que o paciente se desloque para outra sala para aferir o peso. Ainda pode-se salientar a deficiência na estrutura física, temperatura e ventilação em algumas unidades de saúde, que dificulta a qualidade do atendimento. Além das principais dificuldades já mencionadas, o desafio do nutricionista na Atenção básica em Fortaleza e Caucaia se deve a conquista de sua importância na visão da comunidade e de outros profissionais, ou seja, se fazer notar e ser valorizado, para que as ações sejam mais eficazes e surtam efeitos positivos a médio e longo prazo na melhoria das condições de saúde da população. Portanto, considerando a importância da atuação do NASF na ampliação, especialização e multidisciplinaridade na assistência a saúde, fornecendo à Atenção Básica um incremento na resolutividade de suas demandas. Assim, indivíduos e coletividades podem ter no seu território atendimento de forma a proporcionar a integralidade e intersetorialidade das ações. Embora, estas esbarrem na insuficiência de recursos, falta de equipamentos, desinteresse da população. |
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