Estudo original: descritivo transversal: análise do perfil epidemiológico da coinfecção Leishmaniose Visceral e HIV no Brasil durante 2011 a 2020

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruvinel, José Marcelo Ferreira Guimarães
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Soares, Pablo Pieroni de Souza, Martins , Amanda de Paula, Rodrigues, Flávia Guimarães, Silva , Marcilene Rezende
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67079
Resumo: Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença tropical negligenciada, provocada por protozoários do gênero Leishmania. O perfil epidemiológico da LV no Brasil vem mudando rapidamente, devido à urbanização. Dentre as causas do aumento da incidência, destaca-se a infecção pelo HIV. Este quadro pode induzir uma apresentação mais grave da LV, favorecer uma reativação da infecção latente, causar uma resposta terapêutica menos eficaz e aumentar o risco de recidiva após o tratamento. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico da coinfecção LV-HIV, levando em consideração seus fatores preditivos no Brasil, entre os anos de 2011 e 2020. Método: Estudo descritivo transversal populacional, com análise dos dados fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram realizados cálculos da taxa de incidência de LV-HIV e distribuição de frequências das características sociodemográficas pelas regiões analisadas. Resultados: No estudo, foram notificados 3.337 casos, destes 2613 são homens (78,28%) e 724 são mulheres (21,71%). A faixa etária mais frequente é de 20-39 anos, com 1579 casos (47,30%). A população parda é a mais acometida (n=2364 [70,82%]). A evolução mais comum foi a cura (n=2197 [65,81%]). Conclusão: Mesmo que o presente estudo tenha tido uma análise mais ampla que estudos anteriores, o perfil da coinfecção se mantem ao longo dos anos; sendo o Nordeste a região mais acometida. A evolução mais frequente é a cura, mas a letalidade ainda é significativa, devido ao caráter sinérgico negativo da coinfecção na saúde do indivíduo. Além disso, é crucial fornecer incentivo contínuo à notificação dos casos.
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