Identificação e manejo de eventos adversos imunorrelacionados em pacientes com neoplasias hematológicas em uso de imunoterapia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Victor, Joelson Angelo
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: de Medeiros, Ronaldo Augusto, Botelho, Jakeline Oliveira, Marques, Sinara Silva, Nunes, Ana Flávia Silva, Oliveira, Lidiane Marha de Souza, Bruno, Mona Lisa Menezes, Gomes, Andreia Farias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67018
Resumo: A inclusão de novas e efetivas alternativas de tratamento consolidou a imuno-oncologia como pilar terapêutico para o câncer na última década. Apesar da resposta imune antitumoral eficaz induzida por esses medicamentos, eles também bloqueiam os reguladores negativos da imunidade que normalmente são importantes para equilibrar o sistema imunológico. Isso significa que o tratamento pode ser associado a efeitos adversos inflamatórios distintos, conhecidos como eventos adversos imunes ou imunorrelacionados. Este trabalho tem como objetivo identificar o papel dos profissionais de saúde na identificação e manejo de eventos adversos imunorrelacionados em pacientes com neoplasias hematológicas em uso de imunoterapia. Trata-se de uma revisão de literatura feita nas bases de dados LILACS, PUBMED, CINAHL e Scielo, com a amostra final de 6 artigos. Os eventos adversos imunomediados podem potencialmente envolver qualquer órgão/tecido, como o trato gastrintestinal (colite, gastrite, pancreatite, doença celíaca); pele (rash, vitiligo, psoríase, síndrome de hipersensibilidade induzida por drogas); fígado (hepatite); órgãos endócrinos (hipotireoidismo, diabetes, insuficiência adrena); pulmão (pneumonites, derrame pleural, sarcoidose); sistema nervoso (meningite asséptica, encefalopatia, neuropatia periférica); sangue (trombocitopenia, anemia, neutropenia, anemia hemolítica); coração (cardiomiopatia, pericardite) entre outros órgãos corporais. Estes efeitos colaterais secundários são geralmente reversíveis, mas podem levar ao óbito em alguns casos. Como os eventos adversos imunorrelacionados são provavelmente causadas pela exacerbação do sistema imunológico, a imunossupressão temporária é frequentemente necessária. O gerenciamento ideal de eventos adversos imunomediados é baseado ainda, na experiência clínica da equipe assistencial, pois não foram realizados estudos prospectivos para avaliar a melhor estratégia de tratamento desses eventos. Há evidências de que a intervenção precoce reduz sua gravidade e duração.
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