Perfil epidemiológico da violência contra crianças e adolescentes do estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Medeiros, Paula Louise Assunção
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Barros, Ingrid Sousa, Mota, Danielle Andrade, Lima, Lívia Maria Barbosa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65072
Resumo: Objetivo: traçar o perfil epidemiológico das crianças e adolescentes vítimas de violência no estado do Rio Grande do Norte. Método: pesquisa de caráter descritivo, natureza quantitativa e transversal, a partir da análise dos dados fornecidos pelo preenchimento da Ficha de notificação individual do SINAM (Sistema Nacional de Atendimento Médico) durante os anos de 2012 à 2016, da faixa etária que compreende do nascimento aos 19 anos. Resultados: Dos 3.372 casos registrados nesse período, 92,3% são referente às formas de violência física, psicológica e sexual. A faixa etária dos 15 aos 19 anos foi a mais afetada pelas agressões físicas (66,6%) e psicológicas (46,6%), enquanto aqueles dos 9 aos 14 anos mostraram-se mais vulnerável à violência sexual (37,2%). As vítimas são predominantemente do sexo feminino e cor não branca. Enquanto os agressores são frequentemente do gênero masculino (95,2% das denúncias sexuais), geralmente agem sozinhos e os locais de maior risco são a própria residência e as vias públicas. Quanto ao vínculo com o agressor, varia de acordo com a forma de violência: nas físicas são desconhecidos (27,7%) e amigos(23,6%); na psicológica predominam os conhecidos (20,5%) e as mães (15%); e na sexual aparecem principalmente amigos ou conhecidos (31,2%) e desconhecidos (27,2%). Conclusão: As pessoas e os locais familiares são onde há maior risco de exposição das crianças à situação de violência. As lacunas no serviço de atendimento e seguimento dessa população refletem no alto índice de recorrência das agressões, apontando para a urgência de se estabelecer uma rede de confiança no estado.
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