O paradoxo dos benzodiazepínicos: uma avaliação neurobiológica das consequências do uso e abuso na saúde física e mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Abreu, Mariana Beatriz Gomes
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Mororó Filho, Hilário Oliveira, Freire, Iann Gabriel André, Coradi, Ryan Carvalho, Mesquita, Renato Catunda, Sousa, Luma Araujo Marques, Viana, Lucas Furtado, Matos Filho, Vicente Tadeu Aragão, Leitão Filho, Francisco Elder Veras, Estevam, Pedro Henrique de Sousa Pinheiro, Moreira, Igor Fontenele, Marques, Antonio Igor Camelo, Fontenele, Davi Viana Souza, Albuquerque, Emanuel Davi Braga Leite, de Pinho, Roberta Aguiar, Ribeiro, Pedro José Targino, Filho, Renato Jorge Rodrigues, da Ponte, Cyntya Halynne Ferreira, Melo, José dos Santos Macedo, Mendes, Samilly Hellen Ferreira, dos Santos, Denise Francisca, Duarte, Gilmara Santos Melo, Carneiro, Maria da Gloria Ponte, Ferreira, Larissa Sousa, Justino, Gabriella Mendes, de Deus, Leord Holanda Rebouças, Lira Filho, Francisco de Assis, Lira, Francisco Kelton Araujo, Freire, Maria Daiana Rufino
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61758
Resumo: O uso indiscriminado de benzodiazepínicos tem sido objeto de preocupação devido suas consequências na saúde física e mental. Este artigo buscou avaliar neurobiologicamente os impactos dessas substâncias, conhecidas por modular a neurotransmissão gabaérgica, e confrontar as ideias centrais dos estudos disponíveis na atualidade. A ação dos benzodiazepínicos no sistema nervoso central promove efeitos ansiolíticos, sedativos, hipnóticos e relaxantes musculares, resultando em alívio imediato de sintomas como ansiedade e insônia. No entanto, o uso crônico dessas substâncias está associado a diversas consequências negativas. O comprometimento cognitivo é um dos principais impactos observados, incluindo déficits de memória e atenção. Além disso, o uso prolongado de benzodiazepínicos pode levar à queda da função hepática, aumentando o risco de lesões no fígado. O risco de quedas e fraturas também é elevado, principalmente em idosos, devido aos efeitos sedativos e relaxantes musculares dessas substâncias. O desenvolvimento de dependência e a síndrome de abstinência são preocupações adicionais, exigindo uma descontinuação gradual e monitoramento cuidadoso. Esta revisão de literatura abordou estudos que reforçam essas preocupações, destacando a importância de uma abordagem individualizada na prescrição de benzodiazepínicos. Profissionais de saúde devem considerar os riscos e benefícios, promovendo estratégias não farmacológicas para o manejo da ansiedade e insônia. No contexto brasileiro e mundial, é essencial conscientizar os pacientes sobre os potenciais riscos associados ao uso prolongado dessas substâncias. Alternativas terapêuticas estão sendo investigadas, visando minimizar os efeitos colaterais e oferecer opções mais seguras e eficazes. Em conclusão, o uso e abuso de benzodiazepínicos apresenta um paradoxo entre os benefícios terapêuticos imediatos e os riscos a longo prazo. Profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na prescrição responsável dessas substâncias, garantindo o uso adequado e promovendo estratégias alternativas para o cuidado da saúde mental e física dos pacientes.
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