Biomarcadores no diagnóstico do Alzheimer: seria esse o futuro? / Biomarkers in Alzheimer's diagnosis: could this be the future?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gouveia, Anna Sophia Almeida
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Oliveira, Lucas Reis, Matias, Daniel Andrade, Silva, Wianne Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/31747
Resumo: Objetivo: A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência, contudo permanece como um distúrbio neurodegenerativo de etiologia indefinida. Assim, objetivou-se analisar artigos da literatura dos últimos dez anos acerca dos critérios clínicos e biomarcadores para definição do diagnóstico precoce da DA. Metodologia: Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Cochrane, e EMBASE, com os descritores “Alzheimer”, “diagnóstico” e “biomarcadores” para seleção dos artigos. Foram excluídas publicações anteriores ao ano de 2010. Resultados e Discussão: O diagnóstico definitivo da DA é inaplicável na prática clínica, pois só é possível por meio de exame histopatológico. Desse modo, o diagnóstico é baseado em critérios clínicos que incluem histórico de início insidioso e curso progressivo de declínio cognitivo, exclusão de outras etiologias e documentação de comprometimentos cognitivos em um ou mais domínios. Nesse cenário, os biomarcadores moleculares possibilitariam uma nova acurácia diagnóstica refletindo a neurodegeneração de forma precoce e precisa, na medida em que podem ser usados para identificar pessoas assintomáticas ou com déficits cognitivos leves que apresentam alto risco de desenvolver demência devido à DA. Os três biomarcadores mais promissores são peptídeo amiloide-beta-1-42, proteína tau total e tau hiperfosforilada na treonina 181 no líquor. Além desses três marcadores liquóricos, vários candidatos em potencial foram identificados tanto no líquor quanto em outros fluidos corporais. No entanto, é improvável que apenas um biomarcador possa servir como parâmetro diagnóstico ou prognóstico para DA: o uso de combinações mostra-se mais sensível e específico para distinguir DA de outras demências. Conclusão: Os biomarcadores são essenciais para diagnóstico precoce, pois facilitarão a intervenção antes da sintomatologia característica da doença e, portanto, propiciarão um melhor tratamento. Todavia, atualmente nenhum biomarcador molecular ainda foi estabelecido como método de diagnóstico, embora estudos mostrem uma tendência promissora para que isso ocorra futuramente.
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