Uso de canabinóides no tratamento de epilepsias / The use of cannabinoids in the treatment of epilepsies
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38150 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: nos últimos anos, muito se discute acerca da utilização de canabinóides no tratamento de epilepsias. Dessa forma, diversos estudos analisaram a eficácia do uso de substâncias derivadas da Cannabis sativa como terapêutica para esse quadro. No Brasil, desde 2014, o Conselho Federal de Medicina aprovou o uso de canabidiol para pacientes epilépticos que não apresentaram melhora com o tratamento convencional. OBJETIVO: o objetivo deste trabalho foi avaliar e apresentar os diversos aspectos do uso de canabinóides para o tratamento de epilepsia. MATERIAIS E MÉTODOS: foi feita uma revisão literária integrativa nas bases de dados PubMed e Acessss, que incluiu trabalhos feitos de 2000 a 2020. Os trabalhos selecionados incluem ensaios clínicos randomizados, ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises, nas línguas inglesa e portuguesa, que foram analisados previamente por título e resumo, para posterior análise na íntegra. Foram usados os descritores: "epilepsy", "seizure", "cannabidiol", "cannabinoids" e "marijuana" (<https://decs.bvsalud.org/>). RESULTADOS: em geral, os pacientes tratados com canabidiol ou cannabis medicinal apresentaram melhora significativa em relação ao placebo. Visto isso, aliado também aos poucos efeitos adversos importantes relatados, o uso do cannabidiol para casos de epilepsia resistente ao tratamento e para as Síndromes de Dravet e de Lennox-Gastaut apresentou-se como uma boa alternativa para a diminuição dos sintomas. No entanto, mais estudos são necessários para que os efeitos desta terapia para o tratamento de epilepsia sejam mais esclarecidos. DISCUSSÃO: Os canabinóides são substâncias encontradas na planta da cannabis, incluindo o canabidiol (CBD) e o delta-9-tetrahydrocannabinol (THC). Diferentes tipos de estudos realizados concluíram que o uso de canabidiol foi responsável pela diminuição da frequência de eventos epiléticos em alguns pacientes, principalmente em crianças e adolescentes com resistência ao tratamento inicial, e também naqueles pacientes portadores das Síndromes de Dravet e de Lennox-Gastaut. Grande parte das outras pesquisas também observou essa redução de convulsões, devido ao uso de canabinóides. Em geral, os efeitos colaterais mais observados foram sonolência, diarreia e diminuição de apetite. CONCLUSÃO: A terapia com canabidiol apresentou resultados muito relevantes na melhora das crises convulsivas em pacientes com epilepsias, o que demonstra que pode, associada a outros medicamentos antiepilépticos, promover uma melhora na qualidade de vida desses pacientes. |
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