Antropometria das órbitas e da incisura/forame supraorbital em crânios secos provenientes da Região Centro-Oeste do Brasil / Anthropometry of orbits and supraorbital notch/foramen in dry skulls from the midwest Region of Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrareto, Natalia Santana
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Pimenta, Amanda Soares, da Silva, Kelly Regina Torres, de Almeida, Pablo Felipe, Machado, Aline Rafaela da Silva Rodrigues, da Silva, André Valério
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/33049
Resumo: A órbita é uma abertura na parte anterior do crânio, envolvendo sete ossos em suas paredes: frontal, zigomático, maxilar, palatino, lacrimal, esfenóide e etmóide; fissuras orbitais superior e inferior e o canal óptico. O estudo busca compartilhar com o âmbito anatômico e com a clínica médica, um conjunto de dados e análises acerca da órbita e estruturas. Uma vez que somente a prevenção e o conhecimento das áreas de risco podem assegurar bons resultados e baixos índices de complicações, almeja-se corroborar com a edificação de futuras pesquisas que envolvam tal temática, que poderão proporcionar benefícios ao corpo social acometido por afecções orbitárias. O objetivo do presente estudo foi analisar os aspectos antropométricos de órbitas em crânios secos da região Centro-Oeste do Brasil, bem como analisar a incidência da incisura/forame supraorbital e mensurar a sua posição a partir da estimativa mediolateral em crânios secos. Ademais, se há uma relação da sua existência e da sua posição entre os sexos. Foram utilizados 108 crânios do acervo do Laboratório de Anatomia da UFMS CPTL, divididos em sexos masculino e feminino. Com o auxílio de um paquímetro foram avaliados a morfometria de 92 órbitas no sentido médio-lateral (ML): do ektokonchion (ponto localizado na borda externa da órbita) até a sutura maxilofrontal, e dorsoventral (DV): medida perpendicularmente aos pontos utilizados para avaliação da largura. Além disso, analisou-se a incidência da incisura/forame supraorbital, e foram avaliados a distância médio-nasal (MN): do ponto médio da incisura/forame até a linha mediana do crânio (acima do osso nasal) e médio-lateral (MLa): do ponto médio até o processo zigomático do osso frontal. Os resultados foram descritos em médias, feminino: órbita direita ML 37,53 mm, DV: 34,9 mm; esquerda ML: 37,73 mm, DV: 34,48 mm; masculino: órbita direita ML: 38,63 mm, DV: 35,58 mm; esquerda ML: 38,85 mm, DV: 35,13 mm. Na análise comparativa entre as médias dos grupos (teste t), notamos diferença significativa na distância ML direita (p = 0,006) e esquerda (p = 0,009), distância DV apresentou diferença na órbita esquerda (p = 0,004), direita (p = 0,400). Os resultados de prevalência em 92 crânios demonstram que em órbitas femininas direita: 31 possuem incisuras e 9 forames; esquerdas: 33 incisuras e 7 forames; em órbitas masculinas direitas: 40 incisuras e 11 forames; órbitas esquerdas: 39 incisuras e 12 forames. Um crânio masculino possui forame e incisura em ambas as órbitas. Os valores referentes a mensuração foram tabulados e analisados estatisticamente, onde encontramos diferença estatística principalmente ao que corresponde a sua posição na órbita esquerda quando comparados entre os grupos. Assim, foi possível identificar divergência entre as dimensões encontradas nas órbitas e entre os grupos. Os estudos estatísticos evidenciaram medidas mais expressivas nas estruturas orbitárias esquerdas, em todos os pontos analisados. A avaliação estrutural da órbita e suas regiões anexas é de extrema relevância para o cirurgião, clínico, oftalmologista, radiologista e anatomistas.
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Ferrareto, Natalia Santana
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