Coinfecção TB/HIV em adolescentes residentes em pernambuco, notificados no período de 2001 a 2016 / TB/HIV coinfection in adolescents resident in pernambuco, notified in the period 2001 to 2016
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/947 |
Resumo: | Introdução: Na adolescência, a ampliação do convívio e lazer em conglomerados aumenta a possibilidade de exposição ao bacilo da tuberculose, e este risco aumenta na presença da infecção pelo HIV. Particularmente vulnerável em virtude da construção da autonomia e dificuldade na adesão ao tratamento, apresentar coinfecção TB/HIV na adolescência torna-se um desafio, uma vez que a TB é a maior causa de morte entre pessoas que vivem com HIV. Objetivo: Descrever características demográficas, clínicas e laboratoriais de adolescentes com co-morbidade TB/HIV-Aids residentes em Pernambuco, notificados no período de 2001 a 2016. Desenho de estudo: Estudo epidemiológico observacional descritivo de base populacional. Métodos: Os casos foram identificados no banco de dados do SINAN disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Para análise estatística foi utilizado o programa SSPS versão 22. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco. Resultados: No período estudado, 5174 adolescentes foram notificados como caso de TB, dos quais 162 (3%) estavam infectados pelo HIV. Dos casos com co-morbidades, 33% estavam internados no momento do diagnóstico e 88% eram caso novo de TB, 54% realizaram baciloscopia, 70% apresentavam forma pulmonar e 73% não estavam em tratamento supervisionado. A média de idade foi 16 anos, 58% eram do sexo masculino, 61% pardos/pretos; 44% tinham o ensino fundamental incompleto; 91% residiam na Macrorregião Metropolitana do estado e 10% eram alcoolistas. Quanto ao seguimento, 75% foram hospitalizados no transcurso do acompanhamento, 38% evoluíram para cura; 22% para o abandono e 12% dos adolescentes morreram por tuberculose. Discussão: Adolescentes do sexo masculino, em fase tardia da adolescência, com baixa escolaridade e residência em região metropolitana formam a maioria dos casos, refletindo a vulnerabilidade dessas condições. Quanto à evolução dos casos, observou-se alto percentual de não acompanhamento do tratamento, hospitalização e desfechos desfavoráveis. Conclusão: Conhecer o perfil do adolescente com associação TB/HIV permite que o adequado manejo clínico e ações intersetoriais e interdisciplinares sejam intensificados, como diagnóstico precoce do HIV e início oportuno dos antirretrovirais, uma vez que esse grupo apresenta maior risco para desfechos adversos. |
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