Análise da letalidade e tendência de síndrome respiratória aguda grave e Covid-19 em gestantes no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sibardeli , Maria Gabriela Camargo
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Branco , Marina Coitinho, Vargas, Adriana Cunha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67614
Resumo: INTRODUÇÃO: A COVID–19 tem se apresentado como um dos maiores desafios sanitários deste século, propagando-se de maneira rápida e vulnerabilizando as gestantes, devido às alterações fisiológicas da gestação, visto que a tendência é que haja um agravamento em quadros infecciosos  pela baixa tolerância à hipóxia. OBJETIVO: Analisar a letalidade da síndrome respiratória aguda grave e da COVID-19 em gestantes no Brasil. METODOLOGIA: Estudo descritivo-documental de análise descritiva. Os sujeitos da pesquisa foram 6802 gestantes infectadas pelo Coronavírus, de março até agosto de 2020, com idade entre 15 a 41 anos. Os dados foram extraídos do Departamento de Saúde, do SUS, e do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe. RESULTADOS: Durante o período do estudo, a região mais acometida foi a Sudeste (40%), seguida da Nordeste (30%), Centro Oeste (11%), Norte (10%), Sul (9%), totalizando 226 óbitos. A taxa de letalidade foi de 4,1% no Norte, 3,9% no Nordeste, 3,5% no Sudeste, 3,1% no Centro Oeste e 1,9% no Sul. Em relação à idade gestacional, 57% das gestantes infectadas estavam no terceiro trimestre, 25% no segundo e 11% no primeiro. O terceiro trimestre é o período de maior suscetibilidade para doenças infecciosas, por se tratar de um estado pró-inflamatório, pois necessita de uma mudança no padrão das citocinas para provocar as contrações uterinas. Quanto aos fatores de risco pré-existentes, os mais prevalentes foram asma (5%), diabetes (4%), cardiopatias (4%) e obesidade (2%). Os sintomas mais apresentados foram tosse (52%), febre (45%), dispnéia (38%) e a complicação mais comum da doença foi a síndrome respiratória aguda grave. CONCLUSÃO: Conclui-se que no terceiro trimestre, por ser um período pró-inflamatório, do mesmo modo que a COVID-19, a gestante torna-se mais suscetível às infecções virais. Além disso, as altas taxas de letalidade em algumas regiões refletem diretamente as condições socioeconômicas do país.
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