Fisiopatologia e prevenção da hipoglicemia neonatal: revisão de literatura / Pathophysiology and prevention of neonatal hypoglycemia: literature review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Luís Fernando Mendes
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Menezes, Rômullo Vinícius Dutra, Correa, Thales Rezende, Braga, Vitor Carreira, Mesquita, Gabriel Albuquerque, Pires, Victoria Cristina Lodron, Avelar, João Victor de Miranda, Vieira, João Pedro Santana, Almeida, Beatriz Martins Guerra Pantuza, Coelho, Lucas Borba Paulino
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26585
Resumo: INTRODUÇÃO: Hipoglicemia neonatal é uma importante causa de morbimortalidade em recém nascidos, devido a sua elevada prevalência. O atraso no diagnóstico pode levar a períodos prolongados de hipoglicemia e desfechos neurológicos tardios ruins. O objetivo foi fazer uma revisão de literatura para elucidar a fisiopatologia dessa doença e avaliar o que há de consenso na literatura com relação ao rastreio e prevenção primária da hipoglicemia neonatal. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão de literatura, utilizando a base de dados U.S National Library of Medicine (PubMed), no período de Janeiro a Fevereiro de 2021. Artigos do UptoDate e documentos científicos nacionais também foram incluídos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A fisiopatologia da hipoglicemia neonatal envolve três mecanismos que podem coexistir: hiperinsulinismo, baixas reservas de glicogênio, e causas mistas associadas. Em última análise, a interrupção abrupta do fornecimento de glicose ao feto pela placenta, após o parto, associada a manutenção da produção de insulina, culmina na depleção das reservas de glicose do recém-nascido. De uma forma geral, os desfechos neurológicos tardios são a principal causa de morbimortalidade relacionados. O rastreio da hipoglicemia neonatal ainda apresenta divergências na literatura, e sua elevada prevalência gera altos custos operacionais para os hospitais. A identificação de fatores de risco, como fetos GIG e diabetes materno, permite que medidas de profilaxia primária sejam estabelecidas. CONCLUSÃO: A hipoglicemia neonatal é uma entidade prevalente em nosso meio que, se não rastreada e tratada adequadamente, pode gerar sequelas tardias graves e irreversíveis ao recém-nascido. Diante das divergências ainda encontradas na literatura, faz-se necessário a padronização dos protocolos de rastreio da hipoglicemia neonatal, com base em evidências atuais, a fim de minimizar seus efeitos deletérios. Além disso, a prevenção primária destaca-se como importante medida de redução de custos operacionais e desfechos desfavoráveis dessa condição a longo prazo.
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