Fisiopatologia e prevenção da hipoglicemia neonatal: revisão de literatura / Pathophysiology and prevention of neonatal hypoglycemia: literature review
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26585 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Hipoglicemia neonatal é uma importante causa de morbimortalidade em recém nascidos, devido a sua elevada prevalência. O atraso no diagnóstico pode levar a períodos prolongados de hipoglicemia e desfechos neurológicos tardios ruins. O objetivo foi fazer uma revisão de literatura para elucidar a fisiopatologia dessa doença e avaliar o que há de consenso na literatura com relação ao rastreio e prevenção primária da hipoglicemia neonatal. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão de literatura, utilizando a base de dados U.S National Library of Medicine (PubMed), no período de Janeiro a Fevereiro de 2021. Artigos do UptoDate e documentos científicos nacionais também foram incluídos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A fisiopatologia da hipoglicemia neonatal envolve três mecanismos que podem coexistir: hiperinsulinismo, baixas reservas de glicogênio, e causas mistas associadas. Em última análise, a interrupção abrupta do fornecimento de glicose ao feto pela placenta, após o parto, associada a manutenção da produção de insulina, culmina na depleção das reservas de glicose do recém-nascido. De uma forma geral, os desfechos neurológicos tardios são a principal causa de morbimortalidade relacionados. O rastreio da hipoglicemia neonatal ainda apresenta divergências na literatura, e sua elevada prevalência gera altos custos operacionais para os hospitais. A identificação de fatores de risco, como fetos GIG e diabetes materno, permite que medidas de profilaxia primária sejam estabelecidas. CONCLUSÃO: A hipoglicemia neonatal é uma entidade prevalente em nosso meio que, se não rastreada e tratada adequadamente, pode gerar sequelas tardias graves e irreversíveis ao recém-nascido. Diante das divergências ainda encontradas na literatura, faz-se necessário a padronização dos protocolos de rastreio da hipoglicemia neonatal, com base em evidências atuais, a fim de minimizar seus efeitos deletérios. Além disso, a prevenção primária destaca-se como importante medida de redução de custos operacionais e desfechos desfavoráveis dessa condição a longo prazo. |
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Fisiopatologia e prevenção da hipoglicemia neonatal: revisão de literatura / Pathophysiology and prevention of neonatal hypoglycemia: literature review“Hipoglicemia”“Neonatal”“Prevenção”“Doenças Neonatais”.INTRODUÇÃO: Hipoglicemia neonatal é uma importante causa de morbimortalidade em recém nascidos, devido a sua elevada prevalência. O atraso no diagnóstico pode levar a períodos prolongados de hipoglicemia e desfechos neurológicos tardios ruins. O objetivo foi fazer uma revisão de literatura para elucidar a fisiopatologia dessa doença e avaliar o que há de consenso na literatura com relação ao rastreio e prevenção primária da hipoglicemia neonatal. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão de literatura, utilizando a base de dados U.S National Library of Medicine (PubMed), no período de Janeiro a Fevereiro de 2021. Artigos do UptoDate e documentos científicos nacionais também foram incluídos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A fisiopatologia da hipoglicemia neonatal envolve três mecanismos que podem coexistir: hiperinsulinismo, baixas reservas de glicogênio, e causas mistas associadas. Em última análise, a interrupção abrupta do fornecimento de glicose ao feto pela placenta, após o parto, associada a manutenção da produção de insulina, culmina na depleção das reservas de glicose do recém-nascido. De uma forma geral, os desfechos neurológicos tardios são a principal causa de morbimortalidade relacionados. O rastreio da hipoglicemia neonatal ainda apresenta divergências na literatura, e sua elevada prevalência gera altos custos operacionais para os hospitais. A identificação de fatores de risco, como fetos GIG e diabetes materno, permite que medidas de profilaxia primária sejam estabelecidas. CONCLUSÃO: A hipoglicemia neonatal é uma entidade prevalente em nosso meio que, se não rastreada e tratada adequadamente, pode gerar sequelas tardias graves e irreversíveis ao recém-nascido. Diante das divergências ainda encontradas na literatura, faz-se necessário a padronização dos protocolos de rastreio da hipoglicemia neonatal, com base em evidências atuais, a fim de minimizar seus efeitos deletérios. Além disso, a prevenção primária destaca-se como importante medida de redução de custos operacionais e desfechos desfavoráveis dessa condição a longo prazo.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-03-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2658510.34119/bjhrv4n2-148Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 2 (2021); 5852-5865Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 2 (2021); 5852-58652595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26585/21076Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Luís Fernando MendesMenezes, Rômullo Vinícius DutraCorrea, Thales RezendeBraga, Vitor CarreiraMesquita, Gabriel AlbuquerquePires, Victoria Cristina LodronAvelar, João Victor de MirandaVieira, João Pedro SantanaAlmeida, Beatriz Martins Guerra PantuzaCoelho, Lucas Borba Paulino2021-05-31T22:30:35Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/26585Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-05-31T22:30:35Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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