Do quadro clínico às estratégias terapêuticas: uma abordagem abrangente da Pancreatite Aguda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Horochowski, Thaysi Hanke Pereira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Cerqueira, Pablo Augusto Lucas de Souza, de Souza, Yasmin Braga, Coura, Daniel Anacleto de Barcelos, Pires, Luiza de Barros Mendes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63724
Resumo: A pancreatite aguda (PA) consiste em uma inflamação aguda do pâncreas, muitas vezes desencadeada pelo consumo excessivo de álcool ou pela presença de cálculos biliares. Os pacientes frequentemente apresentam dor em andar superior do abdome, intensa, associada a náuseas e vômitos persistentes. A dor pode ser caracterizada como em barra com irradiação para o dorso, se manter por dias, e com alívio ao assumir posição genupeitoral. Pode cursar com febre e dispneia nos quadros mais graves. Além disso, pode haver dor à palpação do epigástrio, distensão abdominal e redução de ruídos hidroaéreos. O diagnóstico é estabelecido por meio da presença de 2 dos 3 critérios diagnósticos (quadro clínico, exames laboratoriais e/ou exames imagiológicos). Os exames de sangue revelam níveis elevados em 3 vezes o limite superior de enzimas pancreáticas, como amilase e lipase; já os exames de imagem, como ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada, mostram evidências de inflamação e/ou necrose pancreática. A PA é classificada em leve, moderada ou grave, dependendo da extensão da inflamação e das complicações. Os casos leves geralmente podem ser gerenciados em regime ambulatorial com jejum, hidratação intravenosa e controle rigoroso da dor. Pacientes com formas moderadas a graves são hospitalizados para monitoramento, reidratação intravenosa e controle adequado da dor. Em situações graves, especialmente quando há necrose pancreática ou outras complicações, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias para remover tecido necrótico e aliviar a obstrução. O tratamento também pode envolver suporte nutricional enteral precoce para evitar a desnutrição e promover a cicatrização do pâncreas. Além disso, a causa subjacente, como o alcoolismo ou os cálculos biliares, deve ser tratada para prevenir recorrências. Vale ressaltar que a prevenção da PA é fundamental e envolve a moderação no consumo de álcool, o controle de doenças como a diabetes e a remoção da vesícula biliar em casos de cálculos biliares recorrentes.
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