Terapia de reposição hormonal como possível agente intensificador da incidência de câncer de mama em mulheres no climatério / Hormone replacement therapy: a possible agent to enhance the incidence of breast cancer in women in climacteric

• Autor(a) principal: Avelino, Thiago Dante Lustosa da Rocha
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: de Oliveira, Antonio Carlos Pereira, de Magalhães, Ana Laura Passos, Ribeiro, Ana Laura Euqueres, de Oliveira, Carla Andressa Aguiar, Pires, Geovanna Moraes, Costa, Giovanna de Carvalho Meneses, Neto, Luana Mendanha
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/29657
• topic: Reposição hormonal; Pós-menopausa; Neoplasias de mama; Mamografia.

Introdução: A menopausa é compreendida como um evento que ocorre no ciclo folicular ovariano, caracterizado pelo cessamento permanente da descamação do endométrio e, consequentemente, da menstruação. O período de transição desse fenômeno é conhecido como climatério e pode ser acompanhado por alterações fisiológicas e comportamentais. Os tratamentos disponíveis se agrupam em hormonais e não hormonais. Dentre os não hormonais, destacam-se, por exemplo, o uso de antidepressivos e, em relação aos métodos hormonais, os regimes de reposição hormonal constituem o padrão ouro na ginecologia. Contudo, alguns estudos enfatizam que a intervenção terapêutica hormonal pode ocasionar efeitos adversos, ressaltando-se as neoplasias mamárias. Metodologia: A coleta dos artigos foi realizada no banco de dados PubMed, utilizando-se as palavras-chave "Hormone Replacement Therapy" AND "Breast Neoplasms" AND "Menopause". O levantamento dos artigos foi realizado no mês de julho de 2020. Para obter resultados mais próximos ao objetivo do trabalho, adotou-se critérios de inclusão para contagem final, selecionando-se artigos na língua inglesa, publicados nos últimos cinco anos e que abordassem apenas ensaios clínicos controlados ou randomizados. Resultados: Os estudos relatam, consistentemente, que a duração do uso da terapia hormonal na pós menopausa relaciona-se com a magnitude do risco de carcinoma de mama. Em relação ao modo de terapia, observa-se a maior influência adversa no regime combinado de estrogênio-progestágeno quando comparado ao regime exclusivo de estrogênio. Ademais, em outro estudo analisado nessa revisão, após uso da terapia de reposição hormonal, com estrogênio e progesterona, encontrou resultados de que um aumento de 1% na densidade mamográfica aumenta o risco de desenvolvimento do câncer em 3,4%. Conclusão: O consenso das evidências mais atualizadas sobre terapia de reposição hormonal na menopausa estabelece o seu potencial risco no desenvolvimento de neoplasia mamária. Portanto, justificam-se que as recomendações devem ser direcionadas para pacientes com sintomatologia climatérica intensa e que tenham idade menor que 60 anos ou inicie o tratamento até 10 anos pós-menopausa