Características, diagnóstico e manejos terapêuticos do Transtorno Dissociativo de Identidade: uma revisão de literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macedo, Kellma Gadelha Araújo
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Guimarães, Ana Carolina Campos Moraes, Pellissaro, Ana Luiza Alves Fonseca, Pereira, Caroline Rangel Martins, Cândido, Cícero Ribeiro, Mombelli, Eduardo Cammerer, Ribeiro, Lívia Mourão de Moraes, Tavares, Narciza Eduarda Vieira, Irazoqui, Rafaela Costa, da Silva Júnior, Valdir Barbosa, de Souza Neto, Waldimiro Lacerda, Costa, Lucas Lima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64682
Resumo: Introdução: As doenças mentais cada vez mais estão presentes no dia-a-dia dos profissionais da saúde. Isso se dá muito por conta dos novos métodos diagnósticos e o advento de novas tecnologias que permitem diagnósticos diferenciais. Entre as doenças mentais, existem algumas que são raras e com manifestações que valem a pena destacar. Entre essas doenças pode-se citar o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), que pode ser definido como transtorno onde o indivíduo apresenta duas ou mais personalidades distintas entre si. É uma doença que em geral acontecem pós-trauma e que apresenta evolução e prognósticos a depender da intensidade da dissociação do paciente. Metodologia: O estudo em questão é uma pesquisa bibliográfica integrativa que levou como base trabalhos encontrados nas bases de dados da Scielo, Pubmed e Google Schoolar. Os descritores em ciências da Saúde utilizados foram: “Transtorno Dissociativo de Identidade”, “Saúde Mental”, “Psiquiatria” e “Manejo”. Foram encontradas 617 referências com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Os critérios de inclusão foram atribuídos aos artigos que continham adequação à temática abordada, que era o tratamento da GESF em adultos, já os critérios de exclusão foram realizados para retirar estudos que fugiam da temática proposta por este estudo. Resultados: Após terem escolhidos os descritores em saúde e os critérios de inclusão e exclusão, foram encontradas 617 referências conforme o esperado. Após a análise dos artigos, retirados 280 por duplicidade, 167 por abordarem a temática sem foco no tratamento do TDI, 73 por não apresentarem resultados relevantes, e 81 por não apresentarem escalas nas suas análises nas entrevistas. Restaram 16 estudos que foram devidamente incluídos para o desenvolvimento desta pesquisa. Discussão: O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é definido como o transtorno onde o paciente apresenta duas ou mais personalidade sendo elas distintas entre si, apresentando cada umas características únicas e próprias. Sobre a etiologia do transtorno, em geral a maior parte dos casos se desencadeiam após eventos traumáticos e estressantes, sendo a dissociação um mecanismo de defesa da psique do indivíduo para encarar o seu trauma. Sobre a sintomatologia da TDI, além da dissociação característica da doença, apresentam uma polissintomatologia inespecífica, podendo ser facilmente confundida com outras síndromes psicológicas ou psiquiátricas. Com relação ao diagnóstico, pode ser feito através de métodos como o da Técnica de Rorschach, sendo considerado padrão-ouro para diagnóstico da TDI. Já com relação ao tratamento, é importante saber que a cura não é algo possível atualmente, porém, alguns métodos como o de Reprogramação de Dessensibilização por Movimentos Oculares, terapias hipnóticas, Modelo Psicanalítico Relacional, Terapia Comportamentais Dialéticas, são algumas das formas de melhorar a qualidade de vida. Porém, existem dificuldades para os profissionais da saúde em aderir o paciente a esses tratamentos tanto por não adesão do paciente, tanto por abandono do paciente ou de suas personalidades do mesmo. Considerações finais: Com relação ao TDI, é uma doença dissociativa e que apresenta polissintomatologia que pode causar dificuldade em seu diagnóstico, por isso deve se ter um maior cuidado e atenção com esses casos para que se possa diagnosticar e tratar de maneira correta esses tipos de transtornos.
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Metodologia: O estudo em questão é uma pesquisa bibliográfica integrativa que levou como base trabalhos encontrados nas bases de dados da Scielo, Pubmed e Google Schoolar. Os descritores em ciências da Saúde utilizados foram: “Transtorno Dissociativo de Identidade”, “Saúde Mental”, “Psiquiatria” e “Manejo”. Foram encontradas 617 referências com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Os critérios de inclusão foram atribuídos aos artigos que continham adequação à temática abordada, que era o tratamento da GESF em adultos, já os critérios de exclusão foram realizados para retirar estudos que fugiam da temática proposta por este estudo. Resultados: Após terem escolhidos os descritores em saúde e os critérios de inclusão e exclusão, foram encontradas 617 referências conforme o esperado. Após a análise dos artigos, retirados 280 por duplicidade, 167 por abordarem a temática sem foco no tratamento do TDI, 73 por não apresentarem resultados relevantes, e 81 por não apresentarem escalas nas suas análises nas entrevistas. Restaram 16 estudos que foram devidamente incluídos para o desenvolvimento desta pesquisa. Discussão: O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é definido como o transtorno onde o paciente apresenta duas ou mais personalidade sendo elas distintas entre si, apresentando cada umas características únicas e próprias. Sobre a etiologia do transtorno, em geral a maior parte dos casos se desencadeiam após eventos traumáticos e estressantes, sendo a dissociação um mecanismo de defesa da psique do indivíduo para encarar o seu trauma. Sobre a sintomatologia da TDI, além da dissociação característica da doença, apresentam uma polissintomatologia inespecífica, podendo ser facilmente confundida com outras síndromes psicológicas ou psiquiátricas. 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Considerações finais: Com relação ao TDI, é uma doença dissociativa e que apresenta polissintomatologia que pode causar dificuldade em seu diagnóstico, por isso deve se ter um maior cuidado e atenção com esses casos para que se possa diagnosticar e tratar de maneira correta esses tipos de transtornos.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-11-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6468210.34119/bjhrv6n6-070Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 6 (2023); 27423-27435Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 6 (2023); 27423-27435Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 6 (2023); 27423-274352595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64682/46362Macedo, Kellma Gadelha AraújoGuimarães, Ana Carolina Campos MoraesPellissaro, Ana Luiza Alves FonsecaPereira, Caroline Rangel MartinsCândido, Cícero RibeiroMombelli, Eduardo CammererRibeiro, Lívia Mourão de MoraesTavares, Narciza Eduarda VieiraIrazoqui, Rafaela Costada Silva Júnior, Valdir Barbosade Souza Neto, Waldimiro LacerdaCosta, Lucas Limainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-11T14:05:27Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/64682Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-11-11T14:05:27Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
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