Pesquisa de opinião sobre adoção homoafetiva no Brasil / Opinion survey on homoaffective adoption in Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gusberti, Joana Döhler da Silva
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Klaime, Sumaya, Kaufert, Taiza Luane, Silva, Diocleide
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2458
Resumo: Essa pesquisa buscou analisar representações sociais que cercam a Adoção Homoparental no Brasil realizando, inicialmente, uma revisão bibliográfica afim de criar o embasamento cientifico necessário para a posterior analise dos dados coletados. Subsequentemente, fora realizada uma pesquisa de opinião quantitativa mediada por uma escala social tipo Likert contendo 12 afirmativas, tanto positivas quanto negativas, abrangendo o âmbito social, religioso e jurídico. Diante dessas afirmativas os participantes tinham opções de respostas variando entre "concordo totalmente" e “discordo totalmente". Os dados foram coletados através de uma pesquisa estruturada, disponibilizada on-line pela plataforma Google Forms, buscando apontar numericamente a frequência das atitudes com relação a adoção por famílias homoafetivas; 215 pessoas foram entrevistadas, sendo que dentre elas, 67% eram do sexo feminino, 80% praticava alguma religião relacionada o cristianismo e 82% possuíam escolaridade de nível superior. Predominantemente a população pesquisada tinha entre 15 e 40 anos a época da pesquisa. A pesquisa de atitude realizada revelou uma opinião majoritariamente favorável à adoção homoafetiva, perfazendo um total de 63%. Este resultado revelou-se surpreendente uma vez que 80% da população entrevistada praticava o cristianismo e, diante do que é popularmente conhecido sobre a religião, poderia mostrar-se desfavorável à famílias homoafetivas. Nesse sentido, as pesquisadoras levantaram a hipótese de que a escolarização da população pesquisada (majoritariamente de nível superior) pode ter revelado um impacto positivo na ausência de preconceitos com relação à capacidade de famílias homoafetivas fornecerem um ambiente adequado ao desenvolvimento físico, mental e emocional das crianças adotadas. Ainda com relação aos resultados apresentados, 14,2% das respostas demonstraram uma atitude neutra com relação ao fenômeno pesquisado e 22,8% demonstraram uma atitude desfavorável em relação a adoção por famílias homoafetivas. Os resultados apresentados acabam sugerindo que o preconceito com relação a essa estrutura familiar esteja se mostrando cada vez menos presente em nossa sociedade.  
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