Impactos psicossociais causados pelo Tanstorno de Estresse Pós-Traumático na infância: uma revisão de literatura
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/56720 |
Resumo: | O Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma manifestação psicossomática decorrente de gatilhos estressores que remetem a eventos traumáticos, direta ou indiretamente, vividos em determinado momento da vida da vítima. Muitos estudos apontam que pessoas que suportam situações delicadas na infância se tornam mais suscetíveis a desenvolverem transtorno do estresse pós-traumático, situações como bullying infantil, dificuldade de sociabilização ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), vivenciamento de episódios de violência doméstica, violência urbana e exposição a desastres naturais (terremotos, enchentes, incêndio etc.). Nesse sentido, não há dúvida de que o TEPT é um transtorno que frequentemente é associado a déficits cognitivos, porém ainda existem divergências com relação às funções cognitivas afetadas. Entre essas funções, a memória é uma das mais relevantes, visto que, em condições de um elevado estresse emocional, pode possibilitar a construção de memórias fortes e intrusas, características desse transtorno psíquico. A partir daí voltamos ao conceito de trauma psicossocial como um transtorno situado dentro de um determinado contexto interpessoal, social, econômico, político, etc. Pesquisas a respeito do TEPT, apontam que a violência é a principal causa de morte entre as pessoas afetadas em todo o mundo. Em relação aos custos da violência, são gastos bilhões de dólares em cuidados de saúde. Porém, o custo da dor e do sofrimento são incalculáveis. A idade adulta inicial é um estágio significativo de desenvolvimento que envolve importantes mudanças de crescimento e papel em múltiplas áreas da vida, incluindo formação de identidade adulta, realização educacional, escolhas ocupacionais e relações interpessoais. Nesse ponto, esse período é caracterizado por uma transição intensa que é teoricamente distinta da adolescência. Adultos emergentes (ou seja, indivíduos de 18 a 29 anos) são mais propensos a se envolver em comportamentos de risco, em relação aos perpetuados por adolescentes, sendo que, cérebros afetados por traumas na infância aumentam essa probabilidade. Um número considerável de pacientes busca atendimento psicológico na vida adulta por problemas atuais que podem ter relação causal direta ou indireta com traumas do passado. |
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