Reflexões sobre o crescente número de cesáreas no Brasil: um chamado à consciência

• Autor(a) principal: Lourenço, Amanda Mendes
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Montandon, Beatriz Soares, Abreu, Camila Pereira, Gouvêa, Clara Michele Madureira Yamim, Sotto-Maior, Larissa Rodrigues, Braga, Lucas Moreira, Azevedo, Maria Claudia Ferreira Bezerra de, Diniz, Rebecca Maria Campos, Marques, Thâmera Petra Alfenas, Frade, Victor Lauer
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/69106
• topic: cesárea; cuidado prenatal; parto

INTRODUÇÃO: A incidência de cesarianas tem aumentado ao longo das décadas em escala global, e no Brasil, esse índice atingiu uma marca significativa de 56% -  colocando-o substancialmente acima da média observada em nações em desenvolvimento. METODOLOGIA: Revisão narrativa da literatura realizada a partir da busca bibliográfica na base de dados PubMed, com os descritores “Cesarean”, “Prenatal care”, “Childbirth”. RESULTADOS: Os estudos pesquisados foram publicados em periódicos internacionais, sendo selecionados artigos de revisão, revisão sistemática e metanálise. DISCUSSÃO: No contexto obstétrico nacional, a tendência de aumento nas taxas de cesáreas começou a se manifestar em 2017 e foi exacerbada pela pandemia. Apesar dos esforços para reorganizar a rede de assistência pré-natal durante o período pandêmico, especialmente para pacientes com risco obstétrico, na prática, esses esforços foram limitados. Consequentemente, observou-se um influxo de gestantes em estágios avançados de complicações obstétricas nas unidades de maternidade, muitas das quais necessitando de cesariana para mitigar desfechos materno-perinatais desfavoráveis. CONCLUSÃO: Em conclusão, o aumento nas taxas de cesáreas no Brasil, que já vinha sendo observado há quase uma década e foi intensificado durante a pandemia, destaca a necessidade urgente de políticas e práticas que promovam uma abordagem mais equilibrada e baseada em evidências na assistência obstétrica.