A influência do alcoolismo na absorção da tiamina: repercussões clínicas

• Autor(a) principal: Juviniano, Patrícia Borges de Moraes
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Sousa, Lucas Balbueno, Garcia, Marcos Geovani Marciano, Brito, Marcus Augusto Pereira, Bezerra, Pedro Paulo Damasceno, Ortiz, Susana Lucía Cairo, Lima, Victor Hugo Rocha, de Freitas Filho, Getulio Antônio
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67370
• topic: alcoolismo; deficiência de tiamina; tiamina

Objetivos: Elucidar mediante as evidências disponíveis na literatura as repercussões clínicas da influência do alcoolismo na absorção da tiamina. Metodologia: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Google Acadêmico e PubMed, utilizando os descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Alcoholism”, “Thiamine Deficiency”, “Thiamine” combinados entre si pelo operador booleano AND. Resultados: O alcoolismo exerce um impacto prejudicial na absorção da tiamina (vitamina B1) no corpo humano, levando a graves consequências para a saúde. Essa relação complexa e multifacetada envolve diversos mecanismos que afetam a absorção, o armazenamento e o metabolismo da tiamina. As repercussões clínicas dessa deficiência se manifestam em diferentes sistemas do organismo, com destaque para o sistema nervoso, com a Síndrome de Wernicke-Korsakoff (SWK), caracterizada por encefalopatia, ataxia e oftalmoplegia; o Cardiovascular, com o beribéri cardíaco; o Gastrointestinal, com a anorexia e a desnutrição, agravando a deficiência de tiamina e outros nutrientes e, o imunológico, tornando os indivíduos mais vulneráveis as infecções bacterianas, virais e fúngicas. É importante considerar que as repercussões clínicas da deficiência de tiamina podem ser variadas e multifacetadas, dependendo de diversos fatores, como a quantidade de álcool consumida, a duração do consumo, a presença de outras comorbidades e o estado nutricional do indivíduo. Além disso, o manejo clínico envolve desde a redução do consumo de álcool, da suplementação de tiamina, tratamento das manifestações clínicas a abordagem multidisciplinar, com acompanhamento por nutricionista, psicólogo e outros profissionais, se necessário. Estudos comprovam que a deficiência de tiamina é muito comum em alcoolistas, variando entre 11,8% e 46,7% da população. Essa deficiência se configura como um problema de saúde pública, com graves consequências para a saúde dos indivíduos. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a influência do alcoolismo na absorção da tiamina gera graves repercussões clínicas em diversos sistemas do organismo.