Prevalência do HIV no Brasil e DF: a comunidade LGBTQIA+ é responsável pela maioria dos casos? / HIV prevalence in Brazil and DF: is an LGBTQIA+ community responsible for most cases?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Júnior, Wilson Tomaz da Silva
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Lopes, Leonardo Costa, Porto, Pedro Gabriel, Alves, Lucas Santos de Gusmão, Paula, Mozart Borges de, Perez, André Augusto Gomes, Azevedo, Jackson Lima, Frota, Marcus Antonio Studart da Cunha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/42831
Resumo: INTRODUÇÃO: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é a maior pandemia já enfrentada pela humanidade. Nos anos 1980, a maioria dos casos reportados eram de indivíduos homossexuais/bissexuais, porém, houve um decréscimo na participação desse público com o tempo, atingindo 23,3% dos casos em 1998. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caráter ecológico, baseado no método descritivo, retrospectivo, transversal e quantitativo. Foi realizado um levantamento de dados acerca dos casos registrados de infecção por HIV no Distrito Federal (DF) e entorno e no Brasil no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil e Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram analisados a quantidade total de casos e origem da infecção de 01 de janeiro de 1999 até 31 de dezembro de 2019. Foi incluído uma linha de tendência linear nas curvas com maior número de novos casos ao longo dos últimos 20 anos analisados. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Casos totais: 8.558 novos casos de HIV no DF e entorno entre 1999 e 2019, os anos de 2003, 2011 e 2013 registraram 570, 563 e 576 casos. Já no Brasil, nos anos de 1999 (26.503), 2001 (32.209) e 2019 (15.923) constituem os melhores anos de contenção do HIV no Brasil; em relação a origem de infecção: no DF o grupo com mais casos registrados foi o de heterossexuais, correspondendo a 42% do total de casos, seguido pelos grupos homossexual, bissexual e usuários de drogas injetáveis, com 26,36%, 10,11% e 4,97%, respectivamente. Já no Brasil, o grupo com mais casos registrados foi o de heterossexuais, correspondendo a 40,09% do total de casos, seguido pelos grupos homossexual, usuários de drogas injetáveis e bissexual, com 11,05%, 4,09% e 3,99%, respectivamente. CONCLUSÃO: É perceptível que houve um decréscimo relativo do número de infecções tanto no Brasil quanto no DF e entorno. Isso demonstra a efetividade a longo prazo dos programas de saúde pública e quebra de patente desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde. Porém, no quesito origem de infecção, houve predomínio dos heterossexuais a nível nacional e inversão do perfil predominante no DF e entorno, sendo a liderança tomada pelos homossexuais assim como houve a nível nacional nos anos de 1980.
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