Eventos adversos associados à administração de medicamentos vasopressores via acesso venoso periférico: uma revisão sistemática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67607 |
Resumo: | Introdução: Vasopressores são agentes farmacológicos frequentemente usados para aumentar a pressão arterial sistêmica. Devido à preocupação de potencial extravasamento e consequente necrose tecidual na administração intravenosa periférica de vasopressores, esses são convencionalmente aplicados através de um cateter venoso central (CVC). Porém, estudos mostram que colocar um CVC não é um processo sem risco, visto que pode gerar lesão vascular, pneumotórax e, em alguns casos, até a morte. Metodologia: Esse estudo foi composto a partir de pesquisas, meta-análises e revisões sistemáticas dedicadas à abordagem da segurança (ou riscos) da administração de drogas vasoativas em veias periféricas de pacientes. Foram usados os seguintes descritores peripheral intravenous catheter, vasopressor medications e adverse events para a língua inglesa e medicações vasoconstritoras, veias periféricas, riscos ou eventos adversos no caso do português. Discussão: Pacientes com sepse severa ou choque na emergência são uma preocupação devido a sua instabilidade hemodinâmica e/ou respiratória, necessitam de intervenção imediata a depender do quadro apresentado e identificado pela equipe da emergência. A necessidade da administração de vasopressores em casos de hipotensão têm sido relatada com frequência e o tempo para a administração destas drogas reflete na sobrevida do paciente e na reversão do quadro. Na literatura encontra-se a contraindicação de administração de drogas vasopressoras por meio de AVP, sendo atualmente em muitos centros de emergência a orientação para administração apenas pelo acesso venoso central (AVC). No entanto, a infusão de vasopressores por AVC implica em complicações e riscos, por exemplo: demora para obtenção do acesso, pneumotórax, infecções, os quais por vezes são riscos maiores em contrapartida a administração dos vasopressores por AVP, que quando bem orientado apresenta baixos riscos e apresenta benefícios em relação ao tempo de obtenção do acesso comparado ao AVC. Na literatura, encontra-se contraindicações devido ao risco de extravasamento, isquemia e até necrose tecidual no local de administração da droga, consequência do baixo calibre das veias periféricas juntamente ao efeito vasoconstritor destas drogas. Conclusão: a incidência de eventos adversos associados com a infusão de vasopressores por cateter venoso periférico (CVP) é baixa e, quando ocorrem, esses eventos tendem a ser menores e de fácil manejo. Além disso, protocolos de administração de vasopressores por PVC devem ser instaurados e seguidos, buscando garantir a segurança dessa estratégia de infusão. |
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