Aumento da prevalência de puberdade precoce: qual a influência de disruptores endócrinos? / Increased prevalence of precocious puberty: what is the influence of endocrine disruptors?

• Autor(a) principal: Neves, Maria Ines Minardi
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Bastos, Dyrlanne Marcia Lopes
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/47751
• topic: puberdade precoce central; disruptores hormonais; perfil epidemiológico.

Introdução: A puberdade precoce central é definida pelo início do processo puberal antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos em meninos. Sua principal forma é idiopática, tendo como etiologia ainda desconhecida. Desta forma, diversos estudos apontam para possíveis fatores causadores, desde a idade gestacional de nascimento até disruptores hormonais. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo levantar dados para a avaliação do perfil de crianças que possuem essa patologia numa clínica particular em Brasília. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo e observacional que tem como objetivo realizar um levantamento e análise dos prontuários de crianças com puberdade precoce numa clínica de endocrinologia pediátrica no Distrito Federal entre 2020 e 2021. Foram excluídos os prontuários de crianças portadoras de síndromes genéticas documentadas. Analisaram-se variáveis biológicas, familiares, nutricionais e exames complementares. Resultados: Foram identificadas como principais características: maior prevalência em meninas (90,6%), 23% das crianças analisadas tinham um peso corporal maior do que o previsto para a idade, a maioria (80,3%) foi diagnosticada entre 8 e 12 anos e foi observada uma diferença de 6,7 centímetros entre a estatura alvo e a previsão de altura final de acordo com a idade óssea. Conclusão: O trabalho concluiu que dentre os pacientes com PPC a maioria foram meninas e quase ¼ apresentavam obesidade ou sobrepeso. Encontrou-se uma diferença de quase 7 centímetros entre a previsão de estatura final e a altura alvo desses pacientes, mostrando a necessidade de investigação e diagnóstico precoce desta condição.