Infecção do trato urinário - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e particularidades da doença na gestação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães, Carolina de Araújo
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Silva, Camila Vieira de Lima, Machado, Isabela Costa, de Oliveira, Fernanda Felix, Machado, Tamyres Karen Fagundes, Mamede, Fernanda Cotta, Araujo, João Vitor Gontijo, Lacerda, Karolayne Oliveira Gomes, Schott, Abraão dos Reis
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62887
Resumo: As infecções do trato urinário (ITUs) são comuns e afetam principalmente mulheres, com uma incidência anual de mais de 10%. Cerca de 60% das mulheres experimentarão uma ITU em algum momento da vida, e 30% a 40% delas terão ITUs recorrentes. Globalmente, a ITU afeta aproximadamente 150 milhões de pessoas, representando até 40% das infecções nosocomiais. Fatores de risco incluem sexo, idade, predisposição genética, comorbidades e procedimentos invasivos, como cateterismo vesical. A maioria das ITUs ocorre de forma ascendente, com a Escherichia coli (E. coli) sendo o patógeno mais comum, responsável por 75% a 80% dos casos. Outrossim, a pielonefrite enfisematosa (PE) é uma forma grave de ITU, geralmente causada por bactérias anaeróbias facultativas, como a E. coli. Diabetes, uropatia obstrutiva e hipertensão são fatores de risco, e a PE se manifesta com febre, dor no flanco e náuseas, podendo evoluir para alterações graves. Outra forma de infecção urinária, a infecção associada ao uso de cateteres (CAUTI) é comum em cuidados de saúde e pode levar a infecções secundárias na corrente sanguínea. Em relação à gestação, trata-se de um período de mudanças fisiológicas que aumentam o risco de ITU, incluindo o aumento da progesterona e do útero, que favorecem a ascensão de bactérias. A ITU durante a gravidez está associada a complicações como parto prematuro, sepse e pré-eclâmpsia. O tratamento deve ser escolhido com base em resultados de cultura e deve evitar certos antibióticos prejudiciais à gravidez. A prevenção é essencial, com culturas de urina no primeiro trimestre e monitoramento regular para gestantes com histórico de cistite. A detecção e o tratamento adequado são cruciais, pois as ITUs na gravidez podem afetar tanto a mãe quanto o feto, levando a sérias complicações.
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