Oftalmopatias induzidas por hemoparasitoses em cães: relato de 3 casos

• Autor(a) principal: Talini, Liz Paola Ferreira dos Santos
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Cescon, Lucas Oliveira, Schulz, Laura Aparecida Poloni, da Silveira, Solimar Dutra
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66030
• topic: doenças; oftalmológicas; uveíte

A uveíte é caracterizada por inflamação da úvea, estrutura ocular composta por íris, corpo ciliar e coróide. Nessa enfermidade, observa-se manifestações como a diminuição da pressão intraocular (PIC), hiperemia conjuntival, hifema, hipópio, edema corneal e neovascularização da íris. Como etiologia, relaciona-se a enfermidade a diversas causas, incluindo infecções, alterações metabólicas, neoplásicas ou imunomediadas. Dentre os processos infecciosos, a Babesiose, Leishmaniose e Erliquiose destacam-se como doenças cuja evolução comumente resultam em alterações oftálmicas secundárias, havendo necessidade de inclusão terapêutica tanto sistêmica quanto oftalmológica. O presente trabalho tem como objetivo relatar três casos clínicos de cães com diagnóstico de uveíte secundária a hemoparasitose. Através dos sinais clínicos inespecíficos da doença primária, das manifestações oftálmicas e de exames como teste lacrimal de Schirmer, mensuração de pressão intraocular por tonometria, uso lâmpada de fenda e fundoscopia, além de análise hematológica, sorológica e molecular, pode-se confirmar o diagnóstico das hemoparasitose e instituir terapêutica adequada para cada caso. A partir dos resultados obtidos no trabalho, pode-se concluir que alterações oculares são comumente encontradas em pacientes com doenças infecciosas, cabendo aos profissionais veterinários a execução precisa dos diferentes diagnósticos e instituição terapêutica tanto sistêmica quanto oftálmica.