Abordagem abrangente das queimaduras térmicas: do diagnóstico à prevenção
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67280 |
Resumo: | Introdução: As queimaduras, resultantes da exposição a calor, podem ocorrer por diferentes fontes de energia, desencadeando morte celular em diversos tecidos. Classificadas como a quarta causa global de trauma, apresentam maior incidência em populações de baixa renda. No Brasil, estima-se 1 milhão de casos anuais, resultando em aproximadamente 2.500 óbitos. Com maior prevalência em homens no ambiente de trabalho e em mulheres e crianças no doméstico, as lesões cutâneas podem ter impactos sistêmicos e psicossociais. Apesar dos avanços, medidas preventivas são cruciais para reduzir incidências evitáveis. O estudo busca disseminar conhecimentos sobre a fisiopatologia e manejo dessas queimaduras. Metodologia: Foi realizada uma uma revisão sistemática realizada por meio de pesquisas nas bases de dados: PubMed, SciELO, BVS e Google Scholar utilizando os descritores: “Burn” AND “Management” AND Emergency”. Foram encontrados 921 artigos, que foram submetidos aos seguintes critérios de seleção: artigos nos idiomas português e inglês; publicados no período de 2005 a 2022 e que abordavam as temáticas propostas para esta pesquisa, disponibilizados na íntegra. Após os critérios de seleção restaram 13 artigos. Resultados e discussão: A extensão e profundidade das queimaduras são cruciais para a avaliação do prognóstico, com a Regra de Wallace e a classificação em profundidade sendo ferramentas valiosas. A gestão inicial inclui a atenção à via aérea, especialmente em casos de queimaduras na cabeça e face, lesão por inalação ou outros fatores de risco. A reposição volêmica é fundamental para prevenir o choque, sendo a fórmula de Parkland uma abordagem comumente adotada. O controle da dor é alcançado com o uso criterioso de opióides, possivelmente associados a anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), dipirona ou paracetamol, com atenção especial em casos de risco de sangramento. A cobertura das lesões com gazes estéreis e a limpeza cuidadosa da ferida são práticas essenciais, evitando a ruptura de bolhas formadas. Antibióticos tópicos são considerados, mas seu uso é reservado para casos de infecção diagnosticada, minimizando o risco de resistência. O controle da dor, ressuscitação volêmica e outras intervenções devem ser adaptados conforme a avaliação constante da evolução do paciente. Conclusão: Nesse sentido, destaca-se a importância de políticas públicas voltadas para a prevenção de queimaduras, visando educar a população sobre medidas preventivas e ações adequadas em caso de ocorrência. A disseminação de protocolos de atendimento ao paciente queimado entre profissionais de saúde é crucial, dada a complexidade e a alta morbimortalidade associadas a essas lesões térmicas. |
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