Aspectos epidemiológicos dos transtornos mentais relacionados ao trabalho no estado de Alagoas de 2017 a 2022
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65035 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Mudanças nas estruturas hierárquicas da economia refletiram em um inaudito perfil de morbimortalidade dos trabalhadores. Os transtornos mentais relacionados ao trabalho, nesse contexto, definem uma grande parcela das doenças relacionadas às atividades laborais e podem ser associadas a alterações psicossociais que configuram-se como importante circunstância associada a dias de trabalhos perdidos e ao impacto econômico. OBJETIVOS: Demonstrar os dados sobre a evolução dos casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho em Alagoas entre os anos de 2017 a 2022, comparando-os com as informações sobre sexo, faixa etária, tipo de ocupação e a emissão da comunicação de acidente de trabalho, examinando associações entre essas variáveis. MÉTODO: Define-se por um estudo epidemiológico ecológico com caráter quantitativo e descritivo utilizando-se do banco de dados do SINAN vinculado ao DATASUS. Através dos filtros, foram delimitados dados específicos do estado de Alagoas nos últimos cinco anos completos disponíveis na plataforma (2017 a 2022) associados a uma revisão de literatura de publicações das bases de dados Medline (via PubMed) e Scielo. RESULTADOS: O número de casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho em mulheres totalizaram 314 notificações e 355 no sexo masculino com a incapacidade temporária representando 47,13% do total de casos na população feminina e 27% na população masculina. As faixas etárias dispuseram-se em ordem decrescente de incidência: 35-49 anos, 20-34 anos, 50-64 anos, e de 15-19 anos empatada com a de 65-79 anos. E as três principais ocupações associadas foram: soldados da polícia militar com 118 casos, 40 casos em professores da educação de jovens e adultos do ensino fundamental (1ª-4ª série), 35 casos em sargentos das polícias militar. Dentre os casos referidos, apenas 6,27% dos casos de transtorno mental associado ao trabalho obtiveram emissão da CAT. DISCUSSÃO: Os dados tabulados permitem interpretar que houve queda importante da incidência de transtornos mentais relacionados ao trabalho nos anos de 2020 e 2021, seguido de um aumento significativo em 2022. A porcentagem de notificações ao SINAN sem caracterização adequada alcançou quase 40% do total, fator que prejudica a análise do real cenário desse agravo. Na análise a partir do sexo, os homens apresentaram maior incidência. Dentre as evoluções estudadas, as mulheres representaram maior parcela nos casos de incapacidades. A grande prevalência ocorreu na população adulta. Notou-se a alta prevalência entre profissionais de carreira militar e profissionais da saúde. CONCLUSÃO: O presente estudo evidenciou maior incidência de transtornos mentais relacionados ao trabalho em homens, com maior proporção de desfechos de incapacidades em mulheres. A faixa etária adulta compôs a maioria dos casos notificados. Os profissionais militares se apresentaram como a maior parcela dos trabalhadores diagnosticados. |
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Aspectos epidemiológicos dos transtornos mentais relacionados ao trabalho no estado de Alagoas de 2017 a 2022transtornos mentais associados ao trabalhosaúde do trabalhadorsaúde mentalcomunicação de acidente de trabalhoepidemiologia descritivaINTRODUÇÃO: Mudanças nas estruturas hierárquicas da economia refletiram em um inaudito perfil de morbimortalidade dos trabalhadores. Os transtornos mentais relacionados ao trabalho, nesse contexto, definem uma grande parcela das doenças relacionadas às atividades laborais e podem ser associadas a alterações psicossociais que configuram-se como importante circunstância associada a dias de trabalhos perdidos e ao impacto econômico. OBJETIVOS: Demonstrar os dados sobre a evolução dos casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho em Alagoas entre os anos de 2017 a 2022, comparando-os com as informações sobre sexo, faixa etária, tipo de ocupação e a emissão da comunicação de acidente de trabalho, examinando associações entre essas variáveis. MÉTODO: Define-se por um estudo epidemiológico ecológico com caráter quantitativo e descritivo utilizando-se do banco de dados do SINAN vinculado ao DATASUS. Através dos filtros, foram delimitados dados específicos do estado de Alagoas nos últimos cinco anos completos disponíveis na plataforma (2017 a 2022) associados a uma revisão de literatura de publicações das bases de dados Medline (via PubMed) e Scielo. RESULTADOS: O número de casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho em mulheres totalizaram 314 notificações e 355 no sexo masculino com a incapacidade temporária representando 47,13% do total de casos na população feminina e 27% na população masculina. As faixas etárias dispuseram-se em ordem decrescente de incidência: 35-49 anos, 20-34 anos, 50-64 anos, e de 15-19 anos empatada com a de 65-79 anos. E as três principais ocupações associadas foram: soldados da polícia militar com 118 casos, 40 casos em professores da educação de jovens e adultos do ensino fundamental (1ª-4ª série), 35 casos em sargentos das polícias militar. Dentre os casos referidos, apenas 6,27% dos casos de transtorno mental associado ao trabalho obtiveram emissão da CAT. DISCUSSÃO: Os dados tabulados permitem interpretar que houve queda importante da incidência de transtornos mentais relacionados ao trabalho nos anos de 2020 e 2021, seguido de um aumento significativo em 2022. A porcentagem de notificações ao SINAN sem caracterização adequada alcançou quase 40% do total, fator que prejudica a análise do real cenário desse agravo. Na análise a partir do sexo, os homens apresentaram maior incidência. Dentre as evoluções estudadas, as mulheres representaram maior parcela nos casos de incapacidades. A grande prevalência ocorreu na população adulta. Notou-se a alta prevalência entre profissionais de carreira militar e profissionais da saúde. CONCLUSÃO: O presente estudo evidenciou maior incidência de transtornos mentais relacionados ao trabalho em homens, com maior proporção de desfechos de incapacidades em mulheres. A faixa etária adulta compôs a maioria dos casos notificados. Os profissionais militares se apresentaram como a maior parcela dos trabalhadores diagnosticados.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-11-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6503510.34119/bjhrv6n6-214Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 6 (2023); 29344-29354Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 6 (2023); 29344-29354Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 6 (2023); 29344-293542595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65035/46713Gomes, Giovanna Cozza Guerrerade Farias, Luana BarbosaFachin , Laercio Polinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-06T13:40:14Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/65035Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-12-06T13:40:14Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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