Anestesia em paciente portador de Volumoso Teratoma Mediastinal: relato de caso

• Autor(a) principal: de Azevedo, Arthur Silveira Nelo
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Leal, Anna Luiza Baptista, Ferrari, Diogo Ribeiro, Ferreira, Lucas Força, Pasolini, Klysmeynny Rosa
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66463
• topic: Teratoma Mediastinal; anestesia perioperatória; instabilidade hemodinâmica; massas mediastinais

O relato de caso apresenta uma paciente do sexo feminino, 22 anos, diagnosticada com um teratoma mediastinal de características significativas, evidenciado por imagens de tomografia computadorizada e ressonância magnética. A massa, localizada no hemitórax direito, causava compressão das câmaras cardíacas direitas, manifestando-se clinicamente com dispneia, discreto emagrecimento e dor na região posterior do hemitórax direito, especialmente em decúbito supino. Durante a anestesia para toracotomia antero-lateral direita, a paciente apresentou uma instabilidade hemodinâmica abrupta, refratária à fenilefrina, que foi revertida com a retomada do decúbito dorsal. Esse episódio destacou a fragilidade desse grupo de pacientes, ressaltando os impactos da perda de tônus muscular e vascular induzidos pela anestesia. A estratégia anestésica envolveu a indução e manutenção com remifentanil e propofol, bloqueadores neuromusculares, além da administração de dextrocetamina como adjuvante. Discussões sobre o diagnóstico de teratomas mediastinais destacam a necessidade de uma abordagem abrangente, incluindo história, exame físico e exames de imagem específicos. A correlação do caso com a literatura ressalta a importância da identificação precoce de pacientes com alto risco cardiorrespiratório, considerando sinais clínicos e achados imagiológicos. O manejo anestésico torna-se desafiador devido à possibilidade de colapso cardiorrespiratório causado pela compressão das vias aéreas e grandes vasos. A discussão multidisciplinar e a adaptação perioperatória são cruciais para otimizar os resultados, enfatizando a individualização do plano anestésico diante da complexidade dos teratomas mediastinais.