Ceratite aguda por herpes zoster: um relato de caso/ Acute zoster keratitis: a case report
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/32969 |
Resumo: | Introdução: O vi?rus varicela-zo?ster (VZV), ou herpesvi?rus tipo 3, causa duas síndromes virais distintas: varicela (catapora) e herpes-zo?ster. O principal fator desencadeante do herpes zo?ster e? a idade avançada, seguida por imunossupressão, trauma e irradiac?a?o. O herpes-zo?ster ofta?lmico (HZO) se inicia com o pro?dromo de febre, cefaleia e fadiga, e, posteriormente, evolui com manifestações cutâneas localizadas no derma?tomo inervado pelo ramo acometido. O exantema inicia-se como erupc?a?o maculopapular, evoluindo para vesículas de conteúdo claro que tornam-se pu?stulas flavas e, posteriormente, crostas. Alguns sinais são característicos do acometimento do ramo trigêmio, como o sinal de Hutchinson (vesi?culas e pústulas na ponta do nariz). O tratamento da fase aguda do HZO e? sistêmico, com o uso de antivirais orais no paciente imunocompetente e tópicos quando há ceratite. Relato de caso: Paciente de 82 anos, proveniente de Onça de Pitangui, MG. Apresentou-se em abril/2018 à UBS queixando-se de hiperemia, dor conjuntival e secreção ocular flava, além de lesão pruriginosa em região frontal. É firmado o diagnóstico de conjuntivite bacteriana e iniciado tratamento com Cilodex®. Após 3 dias, paciente evolui com aparecimento de pústulas em região frontal e dorso nasal. Encaminhado ao hospital em Belo Horizonte, foi efetuado diagnóstico de ceratite herpética por VZV. Discussão: O paciente avaliado apresenta fatores desencadeantes, como exposição solar e idade que corroboram com o desenvolvimento de HZO. Sintomas prodrômicos não foram encontrados no caso, apesar de serem frequentes nessa patologia. O sinal de Hutchinson, indicativo de acometimento do ramo nasociliar do nervo oftálmico, foi o direcionador para a possibilidade diagnostica de HZO e para posterior investigação especifica de ceratite herpética. O tratamento deve ser introduzido precocemente para evitar complicações e sequelas. Conclusão: A ceratite herpética por VZV é, portanto, um quadro desafiador no aspecto de identificação e tratamento. Faz-se assim importante o relato do caso, para que possa-se ter maior conhecimento sobre a lesão e menos complicações, como danos oculares irreversíveis. O tratamento é simples e, quando adequado, evita perda visual permanente. |
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