Obesidade infantil na atualidade: fatores de risco e complicações futuras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos , Bruna Tafuri Lobato
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Pantaliao , Amanda Araujo, Carvalho, Luísa Vilela de Oliveira, Sarto e Silva , Julio Cesar, Simões, Yanna Bosca Jezini, da Costa , Gustavo Vieira Rodrigues, Boas, Gustavo Gonçalves Villas, Araujo, Laila Pontello
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58235
Resumo: Introdução: A obesidade infantil é um distúrbio nutricional relacionado ao aumento do tecido adiposo com acréscimo do peso corporal. Nos últimos anos, a obesidade infantil tornou-se uma epidemia mundial e um dos maiores desafios à saúde pública. Dentre as causas da obesidade tem-se inúmeros fatores: biológicos, ambientais, psicossociais, econômicos e comportamentais. Para realizar o diagnóstico em crianças e adolescentes com risco cardiometabólico, sugeriu-se o uso de indicadores antropométricos como ferramentas de triagem epidemiológica. Além disso, o Índice de Massa Corporal (IMC) pode ser utilizado e tem sido o método mais comum na prática clínica. O excesso de peso na infância predispõe: problemas respiratórios, diabetes melito, hipertensão arterial, dislipidemias. Dentre os tratamentos disponíveis tem-se a melhora da alimentação e a prática de atividades físicas. Intervenções psicossociais são necessárias a depender do contexto social e das causas que levaram ao aumento de peso. O presente artigo visa analisar o panorama da obesidade infantil no Brasil, a fim de melhor compreender as complicações relacionadas a essa condição. É preciso promover maior visibilidade a essa condição, em vista de prevenir e tratar. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. As bases de dados selecionadas foram Scielo e Lilacs, com os descritores “obesity and child” e “complications and childhood obesity”, sendo encontrados, respectivamente, 307 e 9, e 3002 e 199 resultados. Foram incluídos artigos publicados entre 2004 e 2022, nas línguas portuguesa e inglesa. Apenas estudos disponíveis na íntegra e que estivessem relacionados aos aspectos mais relevantes da obesidade infantil foram selecionados. Pesquisas com data de publicação superior a 5 anos, disponibilizadas apenas na forma de resumo, publicados em periódicos de baixo fator de impacto ou com metodologias inconclusivas foram excluídas, sendo selecionadas 13 referências. Discussão: Na atualidade, a má alimentação e o sedentarismo são os principais contribuintes para o aumento da obesidade infantil. O padrão alimentar dos genitores ou responsáveis reflete diretamente nas preferências dos filhos.  São os familiares que determinam quais alimentos a criança fará ingestão, portanto, o ideal é que não disponibilizem alimentos calóricos. Apesar de o ambiente familiar ser o principal responsável para o delineamento do perfil alimentar dos infantes, sua atuação isolada não é suficiente para definir um perfil saudável na vida dessa população. Recentemente, houve uma piora significativa no perfil alimentar dos indivíduos, o que impactou profundamente a população pediátrica. Isso se deu no contexto da pandemia gerada pela COVID-19. Sendo assim, percebe-se que a obesidade é uma doença altamente prevenível e que apesar de existirem possibilidades terapêuticas, a prevenção continua sendo o melhor caminho para combatê-la. Conclusão: Em vista dos fatores discutidos, ações voltadas à prevenção desse agravo, além da conscientização sobre obesidade infantil e hábitos de vida saudáveis, devem ser aplicadas no ambiente escolar e familiar, sendo fundamentais para reverter esse quadro.
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