Leptospirose: um estudo epidemiológico dos casos notificados no Brasil entre os anos de 2015 e 2019 / Leptospirosis: an epidemiological study of notified cases in Brazil between the years 2015 and 2019
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46064 |
Resumo: | O presente trabalho de conclusão do curso de graduação de bacharelado em Medicina da Universidade Federal do Acre possui o objetivo de analisar epidemiologicamente a leptospirose no Brasil no período de 2015 e 2019, com o intuito de caracterizar essa patologia em seus amplos aspectos de notificação. A leptospirose, ocasionada pela bactéria espiroqueta Leptospira interrogans, é uma patologia de caráter zoonótico que possui a capacidade de gerar uma infecção multissistêmica, sendo que, dependendo de seu curso clínico, pode representar potencial gravidade orgânica. É considerada uma doença negligenciada, sendo mais comum em regiões tropicais e naquelas em que o crescimento dos centros urbanos se dá de forma contínua e desordenada, tendo em vista que o tratamento inadequado dado às águas das chuvas, bem como à rede de esgoto, além do surgimento de favelas e moradias com condições insalubres em decorrência de tamanha desordem urbana e da pobreza. Mediante os resultados obtidos na presente pesquisa, notou-se que o grupo mais acometido pela leptospirose foi o de pessoas com ensino fundamental incompleto como grau de escolaridade, tendo em vista a relação estrita dessa patologia com a pobreza e a segregação socioespacial. Percebeu-se que região sul foi a mais acometida por casos de leptospirose, além de que a maior incidência ocorre no sexo masculino. A leptospirose é considerada uma doença de caráter endêmico, sendo que que pode se tornar epidêmica mediante períodos prolongados de chuva, em especial nas regiões urbanas. Para que haja maior controle da doença, deve-se ter como prioridade a adequação da infraestrutura urbana, no que tange aos sistemas de esgoto e captação de chuvas, principalmente nas regiões afligidas pela pobreza e falta de saneamento básico. Além disso, o controle dos vetores do agente etiológico deve ser feito de forma veemente, lançando mão dos processos de antirratização e desratização, bem como do manejo aos animais domésticos que vivem nas ruas, como os cães. |
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