Aspectos nutricionais na Anemia falciforme: Uma revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Luiz Augusto Castro
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: de Andrade, Bernardo Buitrago, Silva, Jessica Ariane Dias, de Novaes, João Vitor Carmo, Mota, Júlia Teixeira Carvalho, de Matos, Laura Clara Bretas, Valadares, Maria Isabel Meira, Gonçalves, Matheus Andrade, de Faria, Thiago Rodrigues Oliveira, Oliveira, Victória Maria Calixto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/56013
Resumo: Introdução:  A anemia falciforme (AF) é uma doença autossômica recessiva causada por uma mutação no gene da globina β, originando a hemoglobina S, que possui o formato de foice, aumentando a propensão à hemólise. Dessa forma, os mecanismos da AF criam um estado de estresse oxidativo sistêmico, e os  níveis de antioxidantes enzimáticos e de não enzimáticos são reduzidos. Estes últimos, são provenientes da dieta como, as vitaminas E e C, β-caroteno e o retinol plasmático, que são deficientes nos glóbulos vermelhos. Ademais, notou-se que outros micronutrientes também relacionam-se com a doença,  como o ácido fólico, a piridoxamina, a vitamina D e o zinco, além da demanda energética e do nível de hidratação corporal. Objetivos: Revisar estudos envolvendo a fisiopatologia da AF e aspectos nutricionais associados, discutindo a relação entre essa doença e a demanda energética, a hidratação e a ingestão de micronutrientes. Métodos: Revisão integrativa de 46 estudos da base de dados PubMed e SciELO, nos idiomas inglês e Português, utilizando como palavras-chave “sickle cell disease”, “energy”, “hydration” e “micronutrient”. Resultados: Os resultados encontrados foram relativos aos estudos sobre os micronutrientes na AF. Em relação à vitamina D, foi observado que a dor crônica pode estar associada a níveis menores dessa vitamina na AF. Quanto à vitamina A, o grupo que recebeu o dobro da dose recomendada obteve níveis significativamente maiores de retinol. A suplementação de vitamina C aumentou a concentração plasmática, os níveis de marcadores de hemólise e a contagem de reticulócitos. Os indivíduos normais HbAA apresentaram níveis séricos de zinco significativamente maiores do que indivíduos com AF em crise dolorosa aguda. Ademais, notou-se que os pacientes com AF dependentes de transfusão de sangue apresentaram expressão gênica de hepcidina menor do que os controles. Por fim, foi verificado que crianças com AF e suplementadas com folato apresentaram, em estado de equilíbrio, níveis maiores que o grupo controle, enquanto aquelas em estado de crise dolorosa tiveram concentrações menores. Conclusão: A fim de identificar os efeitos carenciais e as vantagens e desvantagens da suplementação de micronutrientes em pacientes com AF são necessários novos estudos comparativos com amostras mais abrangentes.
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