Estudo epidemiológico sobre internações por esclerose múltipla no brasil comparando sexo, faixa etária e região entre janeiro de 2008 a junho de 2019 / Epidemiological study on multiple sclerosis hospitalization in brazil comparing sex, age and region between january 2008 to june 2019

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cassiano, Daniel Pedrosa
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: dos Santos, Antônio Henrique Roberti, Esteves, Daniel de Christo, de Araújo, Guilherme Neumann, Cavalcanti, Isabela Caruso, de Rossi, Marina, Sena, Mylena Sobreira, Souza, Raquel de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22370
Resumo: INTRODUÇÃO: A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune do sistema nervoso central que consiste no desenvolvimento de autoanticorpos contra a bainha de mielina nos axônios neuronais causando sítios inflamatórios desmielinizantes. A doença é predominante em mulheres e na faixa etária entre 18 e 55 anos, sendo que no Brasil sua taxa de prevalência é próxima a  15 casos por 100.000 habitantes. É uma doença com alta morbimortalidade e é atualmente incurável. OBJETIVO: realizar uma pesquisa fidedigna sobre a epidemiologia acerca das internações pela Esclerose Múltipla no Brasil. METODOLOGIA: foi realizada uma busca por artigos de revisão na base de dados “New England Journal of Medicine”, “Scielo” e “BVSMS”, utilizando os descritores “esclerose múltipla”, “fatores de risco da esclerose múltipla” e “epidemiologia da esclerose múltipla”, o critério de inclusão foi determinado pela data de publicação mais recente e os de exclusão foram estudos não revisionais sobre a moléstia. Os dados estatísticos foram coletados na base de dados DATASUS mediante o tópico “Informações de Saúde (TABNET)” que apresentou os dados de epidemiologia e morbidade da EM entre janeiro de 2008 a junho de 2019. O “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Esclerose Múltipla “do Ministério da Saúde do Brasil de junho/2019 foi utilizado como fonte de dados. RESULTADOS: o índice de internações se eleva a partir dos 15 anos de idade em ambos os sexos e se intensifica nas faixas etárias dos 20-29 anos (22,2%), 30-39 anos (28,6%), 40-49 anos (21,8%), 50-59 anos (13,2%). Dessa forma, 85,9% (24.986) do total de internações (29.088) ocorreram entre 20-59 anos. A partir dos 5 anos de idade há predomínio da doença nas mulheres e as internações acompanham esta tendência. Entre 30-39 anos observou-se a maior incidência de casos em ambos os sexos, numa proporção de 2,33M:1H. Em análise comparativa do ano de 2008 em relação ao ano de 2018 houve aumento de 195% das internações. A Região Sudeste possui o maior índice de hospitalizações pela doença (59,7%), seguida pela Sul (20,6%), Centro-Oeste (9,4%), Nordeste (7,7%) e Norte (2,4%). CONCLUSÃO: Em corroboração com os estudos revisionais, foi observado uma maior prevalência no intervalo de idades entre 15 a 59 anos, e maior importância para os índices a partir dos 20 anos. O predomínio de internações entre as mulheres vai ao encontro da literatura vigente que estabelece maior prevalência neste sexo. Sobre o aumento alarmante de internações nos últimos 10 anos, existem possibilidades a serem analisadas, como uma possível subnotificação dessa doença no passado ou um real aumento de sua incidência.
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