Taxa de mortalidade das síndromes hemorrágicas no primeiro trimestre da gestação no período de 2001 a 2020: Mortality rate of bleeding syndromes in the first trimester of pregnancy from 2001 to 2020

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Vitoria Oliveira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Bezerra, Mauro Muniz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
DOI: 10.34119/bjhrv5n6-127
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/54849
Resumo: Introdução: As hemorragias obstétricas são diagnosticadas em cerca de 10 a 15% das gestações e podem ser divididas de acordo com o período gestacional em que ocorrem com mais frequência. Na primeira metade da gestação é comum ocorrer sangramentos provenientes de: aborto, gravidez ectópica e neoplasia trofoblástica gestacional. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, de caráter descritivo, de série temporal e de abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos do DATASUS, analisando mulheres com idade entre 10-49 anos no período entre 2001-2020 incluindo os óbitos das categorias do CID-10, N96, O00, O01, O03, O04, O05 e O06. Os dados foram estratificados segundo região, ano, categoria CID-10, faixa etária, raça/cor e escolaridade. Resultados e Discussão: Foram identificados 2202 óbitos por hemorragia do primeiro trimestre no Brasil. Com uma taxa de incidência média no período estudado de 3,74 óbitos para cada cem mil nascidos vivos. Com faixa-etária predominante entre 20-29 anos com 952 óbitos (43,2%). Destacou-se o abortamento não especificado (NE) como a principal causa de mortalidade, com 847 casos, seguido de 750 casos de óbitos por gestação ectópica (GE). Observou-se que a GE e o aborto espontâneo tiveram tendência de aumento no período analisado. Ainda se analisou que o período durante a gravidez, o parto ou aborto é o período com maiores índices de óbitos (56,1%). Ademais, foi observado a prevalência de morte materna com escolaridade entre 8 a 11 anos de estudo. Por fim, a análise de tendência demonstrou que no geral houve uma diminuição da taxa de mortalidade, em concordância com o Nordeste e o Centro-Oeste. Conclusão: É necessário o planejamento familiar dessas mulheres, juntamente com seus parceiros, já que há a prevalência da mortalidade em mulheres jovens, de classe social baixa, que não fazem uso de preservativos ou o uso adequado de métodos contraceptivos. Como também, não tem um diagnóstico/rastreamento precoce da doença, levando a morte durante a gravidez, parto ou aborto seja.
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