A transmissão vertical do HIV em Porto Alegre, Brasil: um estudo caso-controle / The vertical transmission of HIV in Porto Alegre, Brazil: a case-control study
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/50223 |
Resumo: | Objetivo. Identificar fatores sociodemográficos, comportamentais e assistênciais maternos que se relacionam com a transmissão vertical do HIV em Porto Alegre. Método. Estudo caso-controle, com dados secundários da vigilância epidemiológica de gestantes e crianças expostas ao HIV pela gestação e parto, nascidas nos anos de 2010 a 2015. Para cada caso de transmissão vertical do HIV (TVHIV) foram randomizados quatro controles, sem TVHIV, pareados por ano de parto e idade da mãe. O software STATA foi utilizado na análise estatística, foram realizados o teste qui-quadrado e regressão logistica multivariável com modelagem “backward” além de análise a partir de modelagem teórica hierárquica. O intervalo de confiança de 95% foi utilizado para indicar significancia. Resultados. Foram identificados 75 casos de transmissão vertical do HIV e selecionados 300 controles. No teste qui-quadrado de Pearson, a escolaridade mostrou tendência linear inversa na determinação da chance de TVHIV; não ter nenhuma escolaridade esteve fortemente associada (OR 18,57; IC 95%:3,19-108,23) na análise multivariada. As variáveis assistênciais como momento da descoberta do HIV, número de gestações com HIV, consultas de pré-natal e uso de ARV, se mostraram relacionadas com a TVHIV em todas as análises realizadas. A chance de ocorrer a TVHIV é elevada quando o diagnóstico se dá no momento do parto (OR 7,72; IC 95%: 1,87-31,85) e (OR 3,72; IC 95%: 0,82-16,83) em relação às mulheres com diagnóstico realizado antes ou durante a gestação. Conclusão. A transmissão vertical do HIV tem maior chance de ocorrer em gestantes que não realizam o pré-natal, não utilizam a medicação antirretroviral e têm maior número de gestações enquanto vivendo com HIV. Essa constatação reforça a importância de um sistema de saúde presente e acessível na prevenção da TVHIV e a qualidade da assistência prestada, em especial, a uma população com fatores de vulneração facilmente identificados como a menor escolaridade. |
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