A contribuição do Serviço Social para o Apoio Matricial em duas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) de Fortaleza no período da pandemia da Covid-19: um relato de experiência / The contribution of Social Service to Matrix Support in two Primary Health Care Units (UAPS) in Fortaleza in the period of the Covid-19 pandemic: an experience report

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Souza, Daniele Raylane Silva
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Lima, Carla Mayana Araújo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/27843
Resumo: Dado o contexto da pandemia da Covid-19, presenciou-se o aprofundamento das expressões da questão social nas regiões mais vulnerabilizadas das grandes cidades brasileiras, a exemplo tem-se Fortaleza e sua Região Metropolitana (RMF) que se tornou a quinta metrópole com maior índice de desigualdade no país (DIÁRIO DO NORDESTE, 2020). Esta realidade tem sido vivenciada, inclusive, nos territórios de duas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) de Fortaleza, Casemiro José de Lima Filho e Virgílio Távora, localizadas respectivamente nos bairros Barra do Ceará e Cristo Redentor. Dentre as expressões vivenciadas, destacam-se: desemprego e dificuldades financeiras enfrentadas por indivíduos e famílias; abuso de álcool e drogas; adoecimento e agravamento de casos em Saúde Mental; negligência de idosos, crianças e adolescentes; impasses quanto ao acesso a benefícios sociais e serviços assistenciais, como cadeira de rodas, órteses e próteses; entre outros. Configurando em fatores determinantes para o processo saúde-doença dos usuários atendidos pelas UAPS, e requisitando intervenções profissionais que, por vezes, as Equipes de Referência não conseguem responder, dada a fragmentação da atenção. Daí a necessidade da retaguarda assistencial e do suporte técnico-pedagógico oferecidos pelo Apoio Matricial dos profissionais da residência multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade e dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) para ampliar a capacidade resolutiva dos problemas de saúde (CUNHA e CAMPOS, 2011). Nesta perspectiva, busca-se apresentar algumas contribuições desenvolvidas pelas assistentes sociais (residente e preceptora de núcleo), em sua atuação profissional, na construção da matricialidade na Atenção Primária à Saúde (APS), a qual se constitui como um conjunto integrado de ações de promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde (BRASIL, 2017), a partir das necessidades de saúde identificadas no território em meio ao cenário pandêmico enfrentado. Embora o trabalho das assistentes sociais tenha se iniciado em março de 2020 nas UAPS, um dos desafios encontrados foi a não realização do processo de territorialização em virtude da pandemia da Covid-19. Desta forma, a experiência só ocorreu entre os meses de agosto a dezembro de 2020, haja vista a retomada de algumas ações e serviços eletivos pela APS em Fortaleza neste período, e contou com a participação das assistentes sociais, a partir das demandas identificadas e discutidas com os profissionais de saúde das Equipes de Referências e de Apoio Matricial. Dentre as ações e práticas desenvolvidas destacam-se: articulação com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Geral, CAPS Infantil e CAPS AD 24 horas diante de demandas em Saúde Mental; Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), para acompanhamento e responsabilização dos familiares para com os idosos em situação de negligências; judicialização de exames de usuários junto ao Núcleo de Defesa da Saúde (NUDESA) da Defensoria Pública do Ceará; encaminhamento à Policlínica para solicitação de órteses e próteses; orientações sobre direitos sociais e previdenciários; encaminhamento aos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop); articulação com o Conselho Tutelar e Programa Rede Aquarela em casos de negligência e suspeita de abuso sexual de crianças e adolescentes. Nas ações interprofissionais, foram realizadas visitas domiciliares e atendimentos compartilhados; salas de espera com os usuários que aguardavam as consultas médicas; rodas de conversa com a comunidade; grupo vida saudável com os idosos; ações educativas e de mobilização conforme as campanhas do calendário do Ministério da Saúde. Como resultados obtidos, pode-se observar a troca de saberes e práticas entre os profissionais de saúde de cada UAPS e destas com os diferentes equipamentos inseridos nos territórios – os quais pode-se conhecer os serviços por eles ofertados e reconhecer as potencialidades da atuação conjunta para responder às demandas postas pelo cotidiano. As ações e práticas visavam não somente dialogar, mas, responsabilizar os diferentes atores sociais no cuidado em saúde, fortalecer a Rede Intersetorial de Políticas Públicas e, sobretudo, oferecer à população usuária uma atenção integrada e de qualidade. Constata-se o imprescindível papel do Apoio Matricial junto às Equipes de Referência da APS, a exemplo da atuação das assistentes sociais no compartilhamento e acompanhamento dos casos atendidos, de forma a promover uma linha de cuidado interdisciplinar e intersetorial ao usuário, no sentido de garantir uma atenção à saúde integral e longitudinal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).  
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Dentre as expressões vivenciadas, destacam-se: desemprego e dificuldades financeiras enfrentadas por indivíduos e famílias; abuso de álcool e drogas; adoecimento e agravamento de casos em Saúde Mental; negligência de idosos, crianças e adolescentes; impasses quanto ao acesso a benefícios sociais e serviços assistenciais, como cadeira de rodas, órteses e próteses; entre outros. Configurando em fatores determinantes para o processo saúde-doença dos usuários atendidos pelas UAPS, e requisitando intervenções profissionais que, por vezes, as Equipes de Referência não conseguem responder, dada a fragmentação da atenção. Daí a necessidade da retaguarda assistencial e do suporte técnico-pedagógico oferecidos pelo Apoio Matricial dos profissionais da residência multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade e dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) para ampliar a capacidade resolutiva dos problemas de saúde (CUNHA e CAMPOS, 2011). 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Desta forma, a experiência só ocorreu entre os meses de agosto a dezembro de 2020, haja vista a retomada de algumas ações e serviços eletivos pela APS em Fortaleza neste período, e contou com a participação das assistentes sociais, a partir das demandas identificadas e discutidas com os profissionais de saúde das Equipes de Referências e de Apoio Matricial. 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