Citomegalovirose congênita mascarada por sorologia para Toxoplasmose: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Alessandra Miramontes
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Horta, Bruno Andrade, Ladeia, Denise Neves, Ladeia, Diana Neves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65833
Resumo: INTRODUÇÃO: A infecção congênita sintomática por Citomegalovírus (CMV) é uma infecção neonatal de extrema importância devido sua alta prevalência mundial, sua variabilidade clínica e possibilidade de evolução com sequelas neurossensoriais graves. Esse é um relato de caso de Citomegalovirose Congênita com diagnóstico inicial mascarado por sorologia positiva para Toxoplasmose. RELATO DE CASO: Recém-nascido (RN) do sexo feminino, com idade gestacional de 34 semanas e 4 dias. Na sala de parto, apresentou cianose central e hipotonia, recebendo APGAR 6-7. Foi internada em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, com necessidade de intubação orotraqueal. Recebeu tratamento empírico para Toxaplasmose Congênita dados achados compatíveis em exames de neuroimagem e anticorpos IgG positivos nas sorologias materna e do RN, com IgM negativo em ambos. Contudo paciente apresentou, a despeito de sorologia para CMV IgM também negativa, reação de cadeia de polimerase (PCR) para CMV na urina e no líquor positivas. Dessa forma, foi instituído tratamento para Citomegalovirose Congênita e seguimento adequado. DISCUSSÃO: Os achados clínicos do paciente sintomático infectado pelo CMV são semelhantes ao de outras infecções congênitas, muitas vezes dificultando seu diagnóstico. O tratamento deve ser iniciado imediatamente após a confirmação dos testes virológicos em recém nascidos sintomáticos. O Ganciclovir e o Valganciclovir são os agentes antivirais de primeira escolha. Não é recomendado o tratamento antiviral para CMV em recém-nascidos assintomáticos CONCLUSÃO: O diagnóstico de infecções congênitas é por vezes complexo e não pode ser baseado apenas na apresentação clínica e testes sorológicos pré e pós natais, necessitando de investigação ampla e buscando a confirmação por testes moleculares de isolamento viral em casos suspeitos de infecção congênita por CMV.
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