Efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua em pacientes com esclerose múltipla / Effects of transcranial stimulation by continuous current in patients with multiple sclerosis
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/33995 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica e desmielinizante de caráter autoimune, caracterizada por danos ao sistema nervoso central multifocal e temporalmente dispersos que levam ao dano axonal. É considerada a causa mais comum de deficiência neurológica em jovens adultos, e, portanto, vários métodos são estudados para impedir seus malefícios, como, por exemplo, a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC). A ETCC pode ser útil para amenizar os sintomas da EM, garantindo uma melhor qualidade de vida para aqueles que se encontram nessa condição. OBJETIVOS: Comparar os efeitos da ETCC entre os pacientes com EM de cada estudo, analisando sua eficácia. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, na qual foram utilizados os descritores “transcranial direct current stimulation AND multiple sclerosis” na base de dados PubMed. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 11 artigos foram selecionados. RESULTADOS: Dos 11 artigos analisados, foi avaliada a parte das melhorias e diferenças causadas na qualidade de vida do paciente: melhora da fadiga, modulação da espasticidade dos membros inferiores, déficit sensorial, excitabilidade do córtex do motor primário, desempenho motor e capacidade cognitiva. Os efeitos colaterais do tratamento por estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) poderia se resumir a coceira, formigamento e sensação de queimação. DISCUSSÃO: Os artigos analisados nesta revisão demonstraram uma melhora significativa nos pacientes com EM após a realização da ETCC nos sintomas de fadiga, uma manifestação extremamente extenuante para o paciente. Em relação à corrente elétrica utilizada, a intensidade da estimulação variou nos estudos feitos de 1,0 mA a 2,0 mA, sendo que em um comparativo entre as correntes de 1,5 mA e 2,0 mA em sessões de 20 minutos, concluiu-se que a eficácia da corrente elétrica de 2,0 mA foi maior. Ademais, confirmou-se que uma sessão de estimulação anódica transcraniana por corrente contínua sobre o córtex motor primário desses pacientes pode aumentar a excitabilidade cortical, trazendo vantagens motoras. Ainda, o tratamento ativo com a ETCC com corrente de 2mA no córtex pré-frontal promoveu uma melhor resposta quanto ao desenvolvimento cognitivo quando comparada com a terapia cognitiva isolada. Por outro lado, foi demonstrado que a ETCC não apresenta resultados estatisticamente significativos no que toca à modulação da espasticidade dos membros inferiores dos pacientes com EM. CONCLUSÃO: A ETCC em pacientes com EM mostrou benefícios significativos nos estudos analisados, tendo um importante papel no tratamento não farmacológico para a fadiga e outros sintomas motores decorrentes da EM. |
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